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Estado de Minas

Escolas de tempo integral em SP terão novo currículo


postado em 22/01/2013 08:47 / atualizado em 22/01/2013 17:37

Criadas em 2006, as escolas de ensino fundamental de tempo integral do Estado de São Paulo vão passar pela primeira reformulação curricular. A ideia foi fortalecer o aprendizado de língua portuguesa e matemática e possibilitar que as disciplinas diversificadas possam ser escolhidas pelas escolas. Entram oficinas como educação financeira e sexualidade e somem, por exemplo, filosofia e empreendedorismo social.

As mudanças serão implantadas na volta às aulas nas 297 escolas que já estavam no programa e não migraram para o novo modelo estadual de ensino integral, criado em 2012 para o ensino médio e estendido para o ciclo 2 do fundamental a partir deste ano.

As escolas de ensino integral criadas em 2006, na outra gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sofreram uma série de críticas ao longo dos anos. Ainda hoje havia casos de falta de material e inadequação de prédios, transtornos que eram mais graves quando o projeto foi iniciado. Na época, o governo estadual implementou de uma só vez o modelo em 500 escolas - algumas reclamações chegaram à Justiça, com a suspensão do programa em algumas escolas.

No modelo anterior, o currículo era mais separado entre as disciplinas básicas e as oficinas, oferecidas sempre no contraturno. A nova diretriz, publicada no sábado no Diário Oficial do Estado, prevê uma integração maior. “A orientação é que as escolas busquem, sempre que possível, diversificar a matriz curricular”, afirmou a secretaria em resposta à reportagem.

Serão obrigatórias as chamadas atividades complementares. Nos ciclos 1 (de 1.º ao 5.º ano) e 2 (de 6.º ao 9.º ano), estão previstas hora da leitura, produção de texto e experiências matemáticas. Língua estrangeira também é obrigatória, estando classificada como “oficina” no anos iniciais e vinculada às atividades complementares no ciclo 2. Nos anos finais, também serão obrigatórias oficinas de orientação de estudos.

O novo currículo define outros dez temas para as oficinas curriculares, que podem ser obrigatórias ou eletivas, de acordo com o que vai definir a escola. As oficinas vão de atividades artísticas e esportivas, que já eram previstas anteriormente, às novas educação financeira, para o trânsito, étnico-raciais, direitos humanos e até sexualidade. Nos anos iniciais, as escolas deverão ter pelo menos oito das dez oficinas e nos finais, pelo menos seis.

Profissionais

Para dar aulas nas oficinas mais específicas, o Estado informou que a reformulação curricular prevê uma descrição detalhada do profissional que atuará em cada oficina. “Há professores já formados e outros que deverão passar por formação”, completa a secretaria. A pasta afirma que tem capacidade de atender a necessidade de quantidade de professores, mas pondera. “É preciso aguardar a conclusão da atribuição de aulas para verificar se haverá necessidade de contratação.”

O modelo foi sendo enxugado com o passar dos anos. Quando Alckmin assumiu o governo em 2011, depois da gestão de José Serra, do mesmo partido, já encontrou 399 escolas no sistema. No final de 2011, eram 309. Segundo a secretaria de Educação, a reorganização do currículo tem objetivo de torná-lo mais atrativo. É resultado de um processo que começou em 2011 e contou com a colaboração de dirigentes e supervisores de ensino de todo o Estado.


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