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Estado de Minas

Universidades decidem hoje se mantêm greve


postado em 10/09/2012 10:06

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) deve anunciar nesta segunda-feira se encerra ou se dá continuidade à greve nas universidades federais do País. A decisão estava sendo definida em uma reunião iniciada ontem, domingo, às 9 horas, na sede do Comando Nacional de Greve em Brasília, e que até a meia-noite ainda não havia acabado. O Andes é a entidade de maior representatividade na categoria, presente em 51 das 59 universidades federais.

Iniciada há 117 dias, a greve começa a perder força. Segundo o Ministério da Educação (MEC), 17 universidades federais e 5 campi da Universidade Federal do Tocantins (UFT) têm previsão de retorno às aulas nas próximas semanas, a maioria no dia 17. A Universidade Federal do ABC (UFABC) volta hoje, e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), quarta-feira, 12.

Na semana passada, três grandes universidades optaram pelo fim da greve: as federais de Minas Gerais, de Pernambuco e da Bahia. A Universidade de Brasília e as universidades federais de São Carlos, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Ceará também encerraram a greve.

No Rio, a UFRJ já saiu da paralisação, mas a federal rural (UFRRJ) e a federal fluminense (UFF) ainda estão paradas. A federal fluminense (UFF) e a federal do Estado do Rio (UniRio) chegaram a suspender os seus calendários acadêmicos.

De acordo com o comando nacional de greve do Andes, o movimento deste ano já é considerado um marco em relação à paralisação de 2005, a mais longa até então. Cinquenta e sete das 59 instituições de ensino superior federais tinham parte ou a totalidade de seus docentes parados. Apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Universidade Federal de Itajubá não aderiram ao movimento.

Em todo o Brasil, segundo o MEC, mais de 500 mil alunos foram afetados. As principais reivindicações do movimento, iniciado em maio e que representa os 140 mil professores das federais, são o reajuste salarial, melhores condições de trabalho e plano de carreira. Os docentes alegam que demoram muito tempo para chegar ao posto máximo, de professor titular.

Proposta

A proposta encaminhada ao Congresso pelo Ministério do Planejamento em agosto prevê um aumento entre 25% e 40%, além da redução do número de níveis de carreira de 17 para 13. O impacto no orçamento chega a R$ 4,2 bilhões. A proposta, no entanto, foi aceita apenas pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), entidade que representa seis universidades federais.

A adesão ao plano de reajuste salarial foi negada pelo Andes. Na contraproposta protocolada pela entidade no dia 23 de agosto, a entidade abre mão do aumento salarial e dá preferência à reestruturação da carreira. O Andes pede que a cada degrau de progressão os professores tenham um reajuste de 4%. Segundo o MEC, a proposta custaria R$ 10 bilhões aos cofres públicos e não privilegia a titulação e a dedicação exclusiva, pontos considerados inegociáveis pelo governo que já dá por encerrada a negociação.

O número de institutos federais de educação, ciência e tecnologia que saíram do movimento grevista já chega a pelo menos 33, de um total de 38 instituições, segundo um levantamento feito pelo MEC.


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