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Estado de Minas

Defensor de Bruno denuncia manobra para atrapalhar defesa

Para advogado do goleiro, ligação anônima e nova busca em sítio de Esmeraldas visam atrapalhar julgamento de habeas corpus em Brasília, que pode decidir liberdade de atleta


postado em 29/08/2012 06:00 / atualizado em 29/08/2012 06:51

"Não vão achar nada lá. Já fizeram três buscas e não arrumaram nada. Alguém sem juízo está incomodando e ocupando a polícia", Rui Pimenta, advogado de atleta (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 8/11/11)
A defesa do goleiro Bruno Fernandes acredita que a ligação anônima que levou a polícia novamente ao sítio em Esmeraldas tem o objetivo de atrapalhar o julgamento de um habeas corpus impetrado em Brasília. Segundo o advogado Rui Pimenta, a denúncia é infundada e quem tem informações sobre o corpo de Eliza Samudio é Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo do atleta.

“Não vão achar nada lá. Já fizeram três buscas e não arrumaram nada. Alguém sem juízo está incomodando e ocupando a polícia. Só trabalho com a verdade e disse isso a Bruno quando me contratou. Eles mataram e esquartejaram a Eliza como diz o inquérito, foi daquele jeito mesmo, mas o detalhe é que Bruno não participou de nada. Ele deu R$ 30 mil para Eliza e Macarrão a levaria até a rodoviária. Bruno está pagando pelas amizades que fez e quem pode falar sobre onde está o corpo é Macarrão e Bola”, disse Pimenta.

O advogado lembrou que o Tribunal de Justiça do Rio extinguiu a pena do processo em que Bruno era acusado de sequestrar e agredir Eliza. “Esse foi o argumento que usei no pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, que deve ser julgado em 10 a 15 dias. Bruno está preso administrativamente há dois anos. Ele não deve mais nada ao Estado e é uma injustiça mantê-lo preso por tanto tempo.”

Sem provas

Para o advogado de Macarrão, Leonardo Diniz, não há provas da morte de Eliza e a defesa mantém essa linha. Ele diz que compete à Polícia Civil apurar se há relação entre a morte do primo do goleiro, os atentados contra o ex-motorista de Bruno e o processo na Justiça. Afirma ainda que a polícia fez seu papel em investigar informações repassadas ao Disque-Denúncia.

“Macarrão está tranquilo, acompanha os fatos e aguarda as investigações policiais. Ele ficou surpreso com a morte de Sérgio Sales, mas também não reclamou de ameaças ou constrangimento”, disse o advogado. Macarrão e Bruno, segundo ele, não mantêm contato. “Ele não comentou mais nada sobre o Bruno, mas ficou chateado com as afirmações de que seria homossexual. Os advogados do Bruno, inclusive, vão ter de se explicar judicialmente sobre isso.”

 

Goleiro nega uso de celular

Preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, o goleiro Bruno Fernandes foi ouvido ontem para dar explicações sobre uma suposta conversa com uma mulher por celular, de dentro da cadeia, há um mês. Um trecho dessa gravação, que mostraria a voz do atleta repreendendo a mulher por “gracinhas” que ela estava fazendo, foi apresentado no programa TV Verdade, da TV Alterosa. A  Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) abriu procedimento de apuração e poderá usar recursos tecnológicos de avaliação de voz para comprovar se de fato a voz é de Bruno. Ele negou.

Na conversa, a mulher, que aparece de costas, com cabelo longo pintado de loiro e um sotaque mineiro, pergunta ao homem se ele estava chateado com ela e que “gracinhas” ela estava fazendo para desagradá-lo. A moça afirma que faz tudo o que ele manda. O homem, então, responde: “Olha a consequência”. De acordo com o programa, a conversa teria horas e a voz masculina seria de Bruno.

A Suapi informou, em nota, que há vistorias diárias dentro das celas da Nelson Hungria e que as varreduras na cela de Bruno nunca localizaram aparelhos de telefone ou qualquer material proibido na cadeia.

Em 13 de julho, o goleiro foi punido por encaminhar uma carta ao apresentador do programa, Ricardo Carlini. Ele foi afastado da faxina do pavilhão por 20 dias e ficou recolhido, sem direito a visitas ou ao banho de sol. O trabalho é remunerado e, para cada dia de serviço, Bruno tem redução de um dia da pena, embora não tenha sido julgado. De acordo com a Suapi, Bruno foi punido porque todas as correspondências devem passar por um departamento que confere o conteúdo das cartas para resguardar a segurança da sociedade e da unidade prisional. No documento, o atleta assume publicamente a paternidade de Bruninho. (PS)

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