O verdadeiro Titanic: conheça a história real por trás do naufrágio
O filme de James Cameron romanceou uma tragédia real; saiba mais sobre o navio, seus passageiros e os fatos históricos do acidente de 1912
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A exibição do clássico “Titanic” na televisão despertou a curiosidade sobre a tragédia real que inspirou o filme. Muito além do romance entre Jack e Rose, o naufrágio do RMS Titanic, em abril de 1912, foi um dos maiores desastres marítimos da história, envolvendo passageiros reais e uma série de eventos que culminaram em seu fim trágico no Atlântico Norte.
O navio partiu de Southampton, na Inglaterra, em 10 de abril de 1912, com destino a Nova York, nos Estados Unidos, em sua viagem inaugural. Considerado o maior e mais luxuoso de sua época, o Titanic era visto como um marco da engenharia e um símbolo de progresso. A confiança em sua tecnologia era tanta que ele recebeu o apelido de “insubmersível”.
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A colisão e o naufrágio
Na noite de 14 de abril de 1912, apenas quatro dias após o início da viagem, o navio colidiu com um iceberg. O impacto danificou o casco, inundando cinco de seus 16 compartimentos estanques. O projeto da embarcação previa que ela continuaria flutuando com até quatro compartimentos alagados, mas a extensão do dano selou seu destino, e o navio afundou completamente às 2h20 da madrugada de 15 de abril.
Um dos fatores decisivos para o alto número de vítimas foi a quantidade insuficiente de botes salva-vidas. A legislação da época era ultrapassada e exigia botes para apenas uma fração dos passageiros. Dos cerca de 2.224 passageiros e tripulantes a bordo, apenas 706 sobreviveram. A evacuação priorizou mulheres e crianças, mas o caos e a má organização fizeram com que muitos botes fossem lançados ao mar com menos da metade de sua capacidade.
A história real dos passageiros
Diferente dos personagens do filme, os passageiros do Titanic eram pessoas reais, com histórias que foram interrompidas pela tragédia. Entre eles estavam algumas das pessoas mais ricas do mundo, como o empresário John Jacob Astor IV, e centenas de imigrantes que buscavam uma nova vida na América, viajando na terceira classe.
A diferença social a bordo ficou evidente na taxa de sobrevivência. Enquanto mais de 60% dos passageiros da primeira classe se salvaram, esse número caiu para cerca de 25% na terceira classe, onde as barreiras físicas dificultaram o acesso ao convés dos botes. Os destroços do Titanic foram localizados apenas em 1985, a quase 4 mil metros de profundidade, e hoje servem como um memorial silencioso para as mais de 1.500 vidas perdidas.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.