Por que tantos animais silvestres estão aparecendo nas cidades?
De jiboias a capivaras, os flagrantes são cada vez mais comuns; entenda como o desmatamento e a expansão urbana causam esse fenômeno no Brasil
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De jiboias em bairros residenciais a onças-pardas em condomínios, a presença de animais silvestres em áreas urbanas tem se tornado cada vez mais comum em todo o Brasil, acendendo um alerta sobre o avanço humano sobre os ecossistemas. Flagrantes de capivaras em parques ou tucanos em varandas de apartamentos, antes raros, agora são frequentes.
O fenômeno tem uma explicação direta: a perda e a degradação de seu habitat natural. À medida que as cidades crescem de forma desordenada, florestas e matas são substituídas por asfalto e concreto. Essa expansão pressiona os animais, que perdem não apenas seu lar, mas também suas fontes de alimento e água.
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Sem espaço e recursos, muitos são forçados a se deslocar para as áreas urbanizadas. Eles não estão “invadindo” as cidades; na verdade, buscam sobreviver em um território que originalmente lhes pertencia. As áreas urbanas, com seu lixo e a presença de animais domésticos, podem se tornar fontes de comida fáceis.
O que leva os animais para as cidades?
Diversos fatores combinados explicam essa migração forçada. Entender as principais causas ajuda a dimensionar o problema e a buscar soluções que permitam a convivência harmônica entre pessoas e a fauna. Os motivos incluem:
Expansão urbana e desmatamento: a principal causa é a destruição de seus lares para a construção de casas, indústrias e estradas, o que reduz drasticamente o espaço disponível para a vida selvagem.
Busca por alimento e abrigo: com seus recursos naturais esgotados, os animais veem nas cidades uma oportunidade de encontrar comida, principalmente em lixeiras, e abrigos em terrenos baldios ou parques.
Fragmentação de habitats: rodovias e grandes construções criam barreiras que isolam populações de animais. Para se moverem entre uma área de mata e outra, eles precisam cruzar zonas urbanas, aumentando o risco de acidentes.
Eventos climáticos extremos: períodos de seca intensa ou grandes incêndios florestais, como os registrados com frequência no Pantanal e na Amazônia nos últimos anos, também empurram a fauna para locais onde possam encontrar água e refúgio.
Essa proximidade gera riscos para ambos os lados. Animais podem ser vítimas de atropelamentos, maus-tratos ou contaminação. Para os humanos, há o perigo de acidentes e, em casos mais raros, a transmissão de doenças.
Ao se deparar com um animal silvestre, a orientação é clara: não se aproxime, não alimente e não tente capturá-lo. O correto é manter distância e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, pelo número 193, ou a Polícia Militar Ambiental de sua região. Esses órgãos possuem equipes treinadas para realizar o resgate de forma segura para todos.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.