Como as pesquisas de opinião são feitas? Entenda a metodologia
Da escolha dos entrevistados à margem de erro, conheça os bastidores e os métodos estatísticos que garantem a confiabilidade de uma pesquisa
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Pesquisas de opinião aparecem com frequência no noticiário, medindo a intenção de voto em eleições ou a aprovação de governos. Mas como os institutos chegam a esses números entrevistando apenas uma pequena parte da população? A resposta está em uma metodologia estatística rigorosa, projetada para garantir que os resultados sejam um retrato fiel da sociedade.
O processo começa com a definição do público-alvo, que pode ser a população de um país, um estado ou uma cidade. Como é impossível falar com todos, seleciona-se uma amostra representativa. Isso significa que o grupo de entrevistados deve ter um perfil demográfico semelhante ao da população total, respeitando as proporções de gênero, idade, classe social e região geográfica.
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Como a amostra é definida?
O segredo de uma pesquisa confiável é a qualidade da amostragem. O objetivo é criar um "microcosmo" da população, um grupo que espelhe suas características principais. Para isso, os pesquisadores usam dados de fontes oficiais, como o Censo do IBGE, para guiar a seleção dos participantes.
As entrevistas podem ser realizadas de diferentes maneiras. Na abordagem presencial, os entrevistadores vão a locais sorteados para aplicar os questionários. Já nas pesquisas por telefone, os números são escolhidos aleatoriamente. Há também os levantamentos online, feitos com painéis de respondentes previamente cadastrados.
Entendendo a margem de erro
Toda pesquisa de opinião apresenta uma margem de erro. Ela indica a variação máxima que o resultado pode ter para mais ou para menos. Se um candidato tem 40% das intenções de voto com uma margem de 2 pontos percentuais, seu resultado real na população está, com grande probabilidade, entre 38% e 42%.
Essa margem está associada a um nível de confiança, que geralmente é de 95%. Isso significa que, se a mesma pesquisa fosse repetida 100 vezes com amostras diferentes, em 95 delas o resultado estaria dentro da margem de erro estimada. É esse cálculo que confere validade científica aos levantamentos.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.