A economia dos games: como jogos online criam mercados milionários
O lançamento de 'Ashes of Creation' destacou um setor onde moedas virtuais e itens cosméticos movimentam uma economia real e complexa.
compartilhe
SIGA
O aguardado MMORPG “Ashes of Creation” foi lançado em 11 de dezembro em acesso antecipado (fase Alpha 2) na Steam, uma das maiores plataformas de jogos do mundo. O lançamento movimentou a comunidade de jogadores e trouxe à tona uma discussão cada vez mais presente: a complexa economia que movimenta milhões de dólares dentro dos universos digitais.
Diferente de jogos tradicionais, onde o valor se encerra na compra do produto, títulos online como este criam verdadeiros mercados. No centro dessa dinâmica estão as moedas virtuais e os itens cosméticos, como aparências para personagens, montarias exclusivas ou decorações para casas virtuais. Embora não afetem o desempenho no jogo, esses itens são cobiçados por sua raridade e status.
Leia Mais
Essa busca por exclusividade alimenta um ciclo econômico robusto. Jogadores investem dinheiro real para obter itens que os diferenciem dos demais, gerando uma receita contínua para as desenvolvedoras. O modelo sustenta a manutenção dos servidores e o desenvolvimento de novas atualizações, mantendo o jogo vivo por anos.
Como funciona essa economia virtual?
A principal fonte de receita vem das microtransações. Os jogadores compram moedas do jogo com dinheiro real e as utilizam para adquirir os itens desejados. A estratégia das empresas é criar um fluxo constante de novidades, com objetos de edição limitada que incentivam a compra por impulso, movida pelo medo de perder uma oportunidade única.
O mercado não se limita à loja oficial do jogo. Plataformas de terceiros surgem para permitir que jogadores negociem itens raros entre si, muitas vezes por valores que ultrapassam centenas ou até milhares de reais. Nesses ambientes, a lei da oferta e da procura dita os preços, transformando um simples item digital em um ativo com valor de mercado.
Para muitos jogadores, comprar um item raro não é apenas um gasto, mas um investimento em sua experiência online. Esses ativos digitais, negociados em mercados internos ou externos, criam um ecossistema financeiro complexo, onde a linha entre o entretenimento e um mercado alternativo se torna cada vez mais tênue.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.