Adrenalina na medicina: como ela salva vidas e quais são os seus riscos
O medicamento, central no caso Benício, é vital em emergências; entenda quando é usado, como age no corpo e os perigos do uso incorreto
compartilhe
SIGA
A morte do menino Benício em Manaus trouxe à tona discussões sobre o uso da adrenalina em procedimentos médicos. Embora central na investigação do caso, o medicamento é uma ferramenta essencial para salvar vidas em situações críticas, agindo de forma rápida e decisiva no organismo quando cada segundo conta.
Conhecida tecnicamente como epinefrina, a adrenalina é um hormônio que o próprio corpo produz em momentos de estresse. Na medicina, sua versão sintética atua como um potente estimulante do sistema nervoso, sendo crucial para reverter quadros graves e imediatos.
Leia Mais
O que é commotio cordis, a condição que matou adolescente no Amazonas
Desmaios: aprenda a reconhecer quando é grave e agir rapidamente
Sua ação é veloz e abrangente. A substância contrai os vasos sanguíneos, o que eleva a pressão arterial, e ao mesmo tempo aumenta a frequência e a força dos batimentos cardíacos. O medicamento também relaxa os músculos das vias aéreas, facilitando a respiração em crises agudas.
Quando o uso é indicado?
A adrenalina é reservada para emergências médicas específicas, onde sua aplicação pode ser a diferença entre a vida e a morte. As principais situações são:
Parada cardiorrespiratória: é fundamental para estimular o coração a voltar a bater.
Reações alérgicas graves (anafilaxia): reverte rapidamente os sintomas, como inchaço na garganta e queda brusca da pressão.
Crises graves de asma: ajuda a abrir os brônquios quando outros medicamentos não surtem efeito imediato.
Choque séptico: usada em UTIs para manter a pressão arterial em níveis seguros em pacientes com infecções generalizadas.
Procedimentos cirúrgicos: pode ser adicionada a anestésicos locais para diminuir o sangramento e prolongar o efeito da anestesia.
Além do uso hospitalar, a adrenalina também está disponível em canetas autoinjetoras, prescritas para pessoas com histórico de reações alérgicas graves. Esse dispositivo permite a aplicação rápida do medicamento pelo próprio paciente ou por um familiar em uma situação de emergência, antes da chegada do socorro médico.
Quais os perigos do uso incorreto?
Por ser um medicamento de ação intensa, sua administração exige precisão e monitoramento constante. A dosagem errada ou a aplicação em um paciente que não necessita do fármaco pode trazer consequências graves, como arritmias cardíacas severas e um aumento perigoso da pressão arterial, que pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).
Outros efeitos adversos incluem ansiedade, tremores e dor de cabeça. Por esses motivos, seu uso é restrito a ambientes controlados, como hospitais e ambulâncias, onde a condição do paciente é acompanhada de perto por profissionais de saúde.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.