Violência doméstica: como identificar os sinais e onde buscar ajuda
O caso da briga familiar que terminou em tragédia acende um alerta; conheça os canais de denúncia e as redes de apoio para mulheres em situação de risco
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A notícia de uma briga familiar que terminou em tragédia acende um alerta sobre a gravidade da violência doméstica no país. Casos como este servem como um doloroso lembrete de que a agressão, muitas vezes, não começa de forma explícita. O ciclo de violência geralmente se inicia com sinais sutis que, com o tempo, podem escalar para situações de risco extremo.
Entender esse padrão é o primeiro passo para que vítimas e pessoas próximas possam buscar ajuda antes que seja tarde demais. A violência não se resume apenas à agressão física. O controle psicológico, o abuso verbal e a manipulação financeira são formas igualmente destrutivas de subjugar alguém e criam um ambiente de medo e isolamento.
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Como identificar os sinais de violência?
Reconhecer os indícios de um relacionamento abusivo é fundamental para romper o ciclo. Fique atento a comportamentos que se repetem e se intensificam, como:
Controle excessivo: o parceiro monitora roupas, amizades, redes sociais e horários da vítima, ditando suas escolhas e limitando sua autonomia.
Isolamento social: o agressor afasta a vítima de amigos e familiares, criticando pessoas importantes para ela e criando desculpas para que não haja contato.
Ciúme possessivo: acusações infundadas de traição e desconfiança constante, transformando qualquer interação social em motivo para conflito.
Agressão verbal: uso de humilhações, xingamentos e críticas constantes para minar a autoestima da vítima, fazendo-a sentir-se culpada e sem valor.
Ameaças e intimidação: gestos agressivos, como quebrar objetos ou dirigir de forma perigosa, e ameaças diretas à vítima, a seus filhos ou familiares.
Controle financeiro: o parceiro impede a vítima de trabalhar, controla todo o dinheiro da casa ou a obriga a prestar contas de cada centavo.
Onde buscar ajuda?
Romper o silêncio é essencial. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, tanto pela vítima quanto por qualquer pessoa que testemunhe a violência. Existem canais de denúncia e redes de apoio gratuitas e sigilosas disponíveis em todo o Brasil. Se você ou alguém que conhece está em uma situação de risco, procure um destes serviços:
Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher: é um serviço gratuito, sigiloso e confidencial que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. Oferece escuta qualificada, orientação sobre direitos e encaminha denúncias. Além da ligação telefônica, o serviço está disponível pelo WhatsApp (61) 9610-0180, e-mail (central180@mulheres.gov.br) e por videochamada em Libras para mulheres surdas ou com deficiência auditiva.
Polícia Militar (Ligue 190): em casos de emergência ou perigo iminente, o 190 deve ser acionado imediatamente.
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs): unidades da Polícia Civil com equipes preparadas para acolher a vítima e investigar os crimes.
Casa da Mulher Brasileira: espaços disponíveis em algumas capitais brasileiras que integram diversos serviços, como acolhimento, apoio psicossocial, delegacia especializada e orientação jurídica em um só lugar.
Centros de Referência da Mulher: oferecem suporte psicológico, social e jurídico para ajudar as mulheres a saírem do ciclo de violência.
Para encontrar o serviço mais próximo, o governo federal mantém um painel online com informações sobre os locais de atendimento especializado às mulheres em todo o Brasil, disponível no portal gov.br/mulheres.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.