Cultura

'Hamnet': conheça a história real e trágica do filho de Shakespeare

Sucesso de crítica, livro de Maggie O'Farrell imagina a vida do menino cuja morte pode ter inspirado uma das maiores obras do dramaturgo: 'Hamlet'

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Por trás de uma das maiores obras da literatura mundial, "Hamlet", pode estar uma tragédia pessoal de William Shakespeare. O sucesso do livro "Hamnet", de Maggie O'Farrell, trouxe à luz a história do único filho do dramaturgo, morto aos 11 anos, e a comovente teoria de que sua morte inspirou a peça sobre o príncipe da Dinamarca.

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Hamnet Shakespeare nasceu em 1585, em Stratford-upon-Avon, na Inglaterra. Ele era irmão gêmeo de Judith e ambos eram irmãos mais novos de Susanna, os três filhos de William Shakespeare e Anne Hathaway. Sua vida, no entanto, foi curta. Os registros históricos confirmam que o menino foi sepultado em 11 de agosto de 1596, com apenas 11 anos de idade.

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A causa exata da morte não foi registrada, o que era comum na época. A hipótese mais aceita, e que serve de base para o romance de O'Farrell, é que Hamnet tenha sido vítima da peste bubônica, que assolava a Europa e frequentemente atingia vilarejos de forma devastadora. Essa ausência de detalhes permitiu que a ficção preenchesse as lacunas de uma das fases mais dolorosas da vida do escritor.

A ligação entre Hamnet e 'Hamlet'

A principal conexão entre a vida e a obra de Shakespeare está na semelhança dos nomes. Nos séculos 16 e 17, os nomes Hamnet e Hamlet eram considerados variantes um do outro e usados de forma intercambiável. O dramaturgo escreveu sua famosa tragédia por volta de 1600, poucos anos após a morte do filho.

A peça é profundamente marcada pelo luto e pela melancolia de um filho que lamenta a morte do pai. Muitos estudiosos acreditam que Shakespeare pode ter canalizado sua própria dor para a obra, invertendo os papéis. A ideia de um pai escrevendo sobre um filho de luto, enquanto ele próprio vivia o luto por um filho, confere uma camada de profundidade emocional à teoria.

No livro "Hamnet", vencedor do prestigioso Women's Prize for Fiction em 2020, a autora Maggie O'Farrell explora essa ferida de forma sensível, focando na vida familiar e, principalmente, na figura da esposa de Shakespeare, chamada de Agnes no romance. A obra imagina o impacto da perda da criança na dinâmica da família e na criação artística do dramaturgo.

Apesar da forte coincidência, não existem documentos que comprovem diretamente que o luto pela perda de Hamnet tenha sido a inspiração para a peça. A conexão permanece no campo da especulação literária, alimentando o fascínio em torno da vida de um dos maiores escritores da história.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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