Como o anúncio da inflação do mês afeta o preço do pão ao aluguel
Entenda de forma prática como os índices de preços divulgados pelo governo refletem no seu dia a dia e o que esperar quando os números sobem ou descem
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O anúncio mensal da inflação, divulgado por órgãos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é mais do que um simples número para economistas. Ele funciona como um termômetro que mede a "febre" dos preços no país e impacta diretamente o seu poder de compra, do cafezinho na padaria ao reajuste do seu aluguel.
Em termos simples, se a inflação sobe, significa que seu dinheiro compra menos coisas do que antes. É a perda do poder de compra da moeda. Para medir essa variação, o Brasil utiliza principalmente dois indicadores: o IPCA e o IGP-M.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador oficial do governo e reflete o custo de vida de famílias com renda de um a 40 salários mínimos. É ele quem baliza as metas de inflação do país.
Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é fortemente influenciado pelos preços no atacado e na construção civil. Por isso, ficou conhecido como a "inflação do aluguel".
Do supermercado ao aluguel: os impactos diretos
Quando o IPCA sobe, você sente o efeito diretamente nas gôndolas do supermercado, no preço da gasolina e na conta de luz. Uma alta nesse índice significa que a cesta de produtos e serviços básicos consumidos pelos brasileiros ficou mais cara.
O IGP-M, por sua vez, afeta principalmente quem mora de aluguel. A variação acumulada de 12 meses desse índice é usada como base para o reajuste anual da maioria dos contratos de locação residencial e comercial. Uma alta expressiva no IGP-M pode levar a um aumento significativo no valor pago mensalmente.
Seus investimentos também sentem o efeito. Para que seu dinheiro realmente cresça, o rendimento de aplicações como a poupança ou fundos precisa superar a inflação do período. Caso contrário, mesmo com o saldo aumentando, você estará perdendo poder de compra.
O que esperar quando os números mudam?
Quando a inflação sobe de forma consistente, o Banco Central tende a aumentar a taxa básica de juros (Selic). Essa medida busca desestimular o consumo e o crédito, "esfriando" a economia para forçar uma queda nos preços. Para o cidadão, isso se traduz em financiamentos e empréstimos mais caros.
Por outro lado, uma inflação controlada ou em queda sinaliza estabilidade econômica. Esse cenário permite que o Banco Central reduza os juros, o que barateia o crédito e incentiva o consumo e os investimentos produtivos, ajudando a movimentar a economia.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.