A fascinante história de Pompeia, a cidade engolida pelo Vesúvio
Descubra como era a vida na cidade romana antes da erupção e o que as ruínas revelam sobre a tragédia que a preservou no tempo
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No ano de 79 d.C., uma próspera cidade romana foi subitamente apagada do mapa. Localizada perto da moderna Nápoles, na Itália, Pompeia foi soterrada por uma violenta erupção do vulcão Vesúvio, que a cobriu com camadas que variaram de cerca de 3 metros em Pompeia até 20 metros em algumas áreas próximas. O desastre fulminante preservou a vida cotidiana em um instante, transformando a tragédia em uma cápsula do tempo arqueológica sem igual.
Antes da catástrofe, Pompeia era um centro urbano vibrante. Com cerca de 20 mil habitantes, suas ruas de pedra eram repletas de lojas, tavernas, oficinas e residências. A cidade contava com um sistema avançado de aquedutos que levava água para fontes públicas, termas e casas de cidadãos mais ricos. Templos dedicados a deuses romanos, um grande anfiteatro e fóruns movimentados revelam uma sociedade complexa e organizada.
A tragédia que congelou o tempo
A erupção do Vesúvio não deu chance aos moradores. Após uma chuva inicial de cinzas, ondas de gás superaquecido e rocha vulcânica, conhecidas como fluxos piroclásticos, desceram a montanha a aproximadamente 80 km/h. Essa nuvem mortal envolveu a cidade, matando instantaneamente quem não conseguiu escapar. O material vulcânico endureceu ao redor dos corpos, criando moldes perfeitos que, séculos depois, arqueólogos preencheram com gesso para recriar as últimas poses das vítimas.
As escavações, iniciadas sistematicamente em 1748, revelaram um nível de detalhe impressionante. Foram encontrados afrescos coloridos que decoravam as paredes das vilas, mosaicos que cobriam os pisos e objetos do dia a dia, como joias, ferramentas e utensílios de cozinha. Até mesmo pães carbonizados foram achados dentro de fornos, prontos para serem consumidos no dia em que a vida parou.
Essas descobertas oferecem um retrato íntimo do Império Romano. As inscrições e grafites nas paredes, por exemplo, mostram desde propagandas eleitorais a declarações de amor, dando voz às pessoas comuns daquela época. Hoje, o sítio arqueológico de Pompeia é Patrimônio Mundial da UNESCO e atrai milhões de visitantes anualmente, que caminham por suas ruas antigas para testemunhar um momento da história que ficou eternizado pela fúria da natureza.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.