Consignado do INSS: entenda a proposta para suspender descontos
Recomendação de suspensão por 6 meses dos descontos de consignados do INSS foi feita por CPMI para proteger aposentados; entenda a proposta
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Uma recomendação feita no âmbito da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Previdência Social pode trazer um alívio temporário para o bolso de aposentados e pensionistas do INSS. A sugestão, apresentada pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), é suspender por seis meses a cobrança das parcelas de empréstimos consignados, uma medida que busca proteger os beneficiários de fraudes e do superendividamento.
Caso seja acatada pelos órgãos competentes, a regra pausaria os descontos mensais dos empréstimos já contratados, feitos diretamente na aposentadoria ou pensão. É importante entender que a dívida não seria perdoada, mas sim adiada. As parcelas suspensas seriam jogadas para o final do contrato, aumentando o prazo total de pagamento sem a cobrança de juros ou multas por esse período. A medida não impediria a contratação de novos consignados.
A principal motivação por trás da recomendação é o crescente número de golpes e práticas abusivas envolvendo o crédito consignado. A pausa daria aos beneficiários um fôlego financeiro e mais tempo para revisar seus extratos, identificar possíveis cobranças indevidas e buscar ajuda caso necessário.
O que muda para os aposentados?
Na prática, a suspensão significaria um aumento temporário na renda líquida mensal dos beneficiários que possuem esse tipo de empréstimo. O valor que antes era descontado para pagar a parcela do consignado passaria a ser depositado integralmente junto com o benefício por 180 dias.
Para quem está com as contas apertadas, esse valor extra pode ajudar a cobrir despesas essenciais, como alimentação, saúde e moradia. A medida beneficiaria milhões de brasileiros, já que o empréstimo consignado é uma das modalidades de crédito mais populares entre esse público.
Impacto no mercado e próximos passos
Enquanto a recomendação é vista com bons olhos por associações de defesa do consumidor, ela também gera debates no setor financeiro. Bancos e instituições que operam com crédito consignado poderiam ter seu fluxo de caixa impactado, o que pode levar a um enrijecimento futuro na concessão de novos empréstimos.
A recomendação precisa ser avaliada e acatada por órgãos como o Banco Central e o governo federal para entrar em vigor, já que não se trata de um projeto de lei em tramitação. Por enquanto, a suspensão é apenas uma possibilidade. Os beneficiários devem acompanhar os desdobramentos para saber se os órgãos competentes acatarão a recomendação e quando ela pode entrar em vigor.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.