5 doenças que voltaram a ameaçar o Brasil por causa da baixa vacinação
Além do sarampo, outras enfermidades que estavam controladas podem retornar; veja a lista e saiba como manter a caderneta de vacinação em dia
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A queda nos índices de vacinação acendeu um alerta em todo o Brasil. Doenças que já estavam controladas, ou até mesmo eliminadas, voltaram a representar uma ameaça real à saúde pública. Embora o país tenha reconquistado a certificação de eliminação do sarampo, a baixa cobertura vacinal mantém o risco de surtos causados por casos importados, podendo trazer de volta enfermidades perigosas que são preveníveis.
Essa situação coloca em risco principalmente crianças, mas também adolescentes e adultos que não estão com o esquema vacinal completo. O retorno dessas doenças é uma consequência direta da baixa cobertura vacinal registrada nos últimos anos, revertendo décadas de avanços na saúde pública brasileira.
Doenças que preocupam
Além do sarampo, outras enfermidades infecciosas, que já foram motivo de grande preocupação no passado, podem ressurgir com força. Conheça cinco delas e a importância de se proteger:
Sarampo: altamente contagioso, o vírus pode causar complicações graves como pneumonia, lesões cerebrais e até a morte. O Brasil, que havia perdido o certificado de eliminação da doença em 2019, reconquistou a certificação em novembro de 2024. No entanto, a baixa cobertura vacinal ainda deixa o país vulnerável a casos importados, que podem iniciar surtos caso não haja uma população bem protegida. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é a principal forma de prevenção.
Poliomielite: também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral que pode levar à paralisia irreversível dos membros. O último caso no Brasil foi registrado em 1989, e a região das Américas recebeu o certificado de erradicação em 1994. Contudo, a baixa procura pela vacina coloca essa conquista histórica em risco, sendo a imunização fundamental para manter o vírus afastado do território nacional.
Coqueluche: é uma infecção respiratória causada por bactéria, especialmente perigosa para bebês com menos de seis meses. A doença provoca crises de tosse severa que podem dificultar a respiração. A vacina pentavalente, aplicada nos primeiros meses de vida, e o reforço com a DTP protegem contra a enfermidade.
Difteria: outra doença bacteriana que afeta as vias respiratórias e pode causar problemas cardíacos e neurológicos. A formação de uma placa na garganta pode levar à asfixia. A imunização, feita com a vacina pentavalente e reforços, é a maneira mais eficaz de evitar o contágio.
Rubéola: embora geralmente apresente sintomas leves, a rubéola é extremamente perigosa para gestantes. Se contraída durante a gravidez, pode causar a Síndrome da Rubéola Congênita, resultando em malformações no feto, como surdez e problemas cardíacos. A proteção é garantida pela vacina tríplice viral.
Como manter a vacinação em dia
Manter a imunização atualizada é um ato de proteção individual e coletiva. O primeiro passo é verificar a caderneta de vacinação de todos os membros da família, das crianças aos idosos. Com o documento, basta procurar um posto de saúde para que um profissional avalie e aplique as doses que faltam.
Todas as vacinas recomendadas no Calendário Nacional de Vacinação são gratuitas e estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo quem perdeu a carteirinha pode se vacinar, pois as unidades de saúde conseguem orientar sobre como atualizar o esquema vacinal.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.