As classificações de segurança em estrelas atribuídas aos carros novos são mais do que um selo de qualidade. Elas representam o resultado de testes de colisão rigorosos, que simulam acidentes reais para medir o nível de proteção oferecido a motoristas, passageiros e até pedestres. No Brasil e na América Latina, o principal programa de avaliação é o Latin NCAP, que realiza uma bateria de ensaios padronizados.
Esses testes são projetados para replicar os cenários de acidentes mais comuns nas ruas e estradas. Os veículos são submetidos a impactos controlados em laboratório, utilizando manequins instrumentados com sensores, conhecidos como “dummies”. Eles medem as forças G e as possíveis lesões em diferentes partes do corpo.
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O que é avaliado nos testes de colisão?
A nota final de um veículo depende do desempenho nas quatro áreas principais, sendo limitada pela área com pior resultado. Cada uma recebe uma pontuação percentual que, combinada, resulta na classificação de zero a cinco estrelas. Entender o que cada critério significa ajuda a decifrar a segurança de um carro.
A primeira área é a proteção para ocupantes adultos, que avalia os danos ao motorista e passageiro da frente em colisões frontais e laterais. O teste de impacto lateral de poste, mais severo, também entra nessa conta, simulando o choque contra uma árvore ou coluna.
Em seguida, vem a proteção para ocupantes infantis. Aqui, os avaliadores analisam o desempenho das cadeirinhas recomendadas pela montadora e a facilidade de instalação dos sistemas de retenção, como o Isofix. A segurança dos pequenos passageiros tem um peso significativo no resultado.
A terceira avaliação foca na proteção para pedestres e usuários vulneráveis, como ciclistas. O teste mede o quão “amigável” o design do capô e do para-choque é em caso de atropelamento, buscando minimizar ferimentos na cabeça e nas pernas da vítima.
Por último, são analisados os sistemas de assistência à segurança. Itens como o controle eletrônico de estabilidade (ESC), cada vez mais exigido como equipamento padrão, o alerta de cinto de segurança e a frenagem autônoma de emergência (AEB) são essenciais para obter uma boa nota. A presença dessas tecnologias pode evitar que um acidente aconteça.
Como as estrelas são definidas?
Um carro precisa de bom desempenho em todas as áreas para alcançar as cinco estrelas. Não adianta ter uma estrutura resistente se os sistemas de assistência são básicos. Um resultado fraco em um dos quatro pilares pode limitar a pontuação geral do veículo.
É importante saber que os protocolos de avaliação se tornam mais rigorosos com o tempo. Um modelo cinco estrelas testado antes de 2020, por exemplo, poderia não conseguir a mesma nota se fosse reavaliado com os critérios atuais, que exigem mais tecnologias de segurança ativa. A partir de 2026, uma nova atualização tornará os critérios ainda mais exigentes.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
