A pele muitas vezes dá sinais antes mesmo dos exames confirmarem alterações no açúcar do sangue. Em milhões de pessoas, esses sinais surgem discretos, mas indicam que algo no metabolismo não vai bem e pode estar ligado diretamente ao diabetes ou à resistência à insulina.


Em muitos casos, os sinais de diabetes na pele surgem ainda na fase de pré-diabetes. O excesso de glicose no sangue altera vasos, imunidade, produção de gordura da pele e até a regeneração dos tecidos. Por isso, problemas aparentemente simples podem ser um alerta importante.

Essas alterações não costumam doer no início, o que faz muita gente ignorar. O problema é que, sem controle, elas tendem a piorar e abrir caminho para infecções e complicações mais sérias.

  • Xantelasma, com placas amareladas nas pálpebras
  • Necrobiose lipoídica, com manchas na canela que podem ulcerar
  • Bolhas que surgem de repente em mãos, pés ou pernas
  • Infecções de pele frequentes, como furúnculos e candidíase
  • Xantomas eruptivos em joelhos, cotovelos e nádegas

Por que o excesso de açúcar provoca tantos problemas na pele

Quando o açúcar permanece elevado por muito tempo, ele danifica pequenos vasos sanguíneos e reduz a chegada de oxigênio e nutrientes à pele. Ao mesmo tempo, a imunidade cai, facilitando infecções por bactérias e fungos.

Além disso, a insulina em excesso estimula alterações na produção de melanina e no espessamento da pele, gerando manchas escuras, rigidez nos dedos e surgimento de pequenas lesões benignas em dobras do corpo.

A aparência que muda antes de outros sintomas. – Créditos: depositphotos.com / imagepointfr

Sinais de diabetes na pele mais associados à resistência à insulina

Algumas alterações cutâneas são especialmente ligadas à resistência à insulina, condição que antecede o diabetes tipo 2. Elas costumam aparecer em áreas de atrito e regiões mais quentes do corpo.

A seguir estão os sinais mais associados a esse desequilíbrio metabólico.

  • Acantose nigricans, com manchas escuras de aspecto aveludado no pescoço e axilas
  • Acrocórdons, as pequenas "cordinhas" no pescoço, axilas e virilha
  • Esclerodactilia diabética, com pele espessa e rígida nos dedos
  • Dermopatia diabética, com manchas escuras na canela sem dor

Pele seca, coceira e risco de infecções em quem tem diabetes

A pele de quem tem glicose alta tende a ficar mais seca, frágil e com coceira constante, porque há redução da produção normal de sebo e suor. Esse ressecamento facilita rachaduras, principalmente nos pés, aumentando o risco de feridas difíceis de cicatrizar.

Quando a glicemia não está controlada, essas pequenas lesões podem evoluir para infecções mais graves. É por isso que o cuidado diário com a pele e o controle do açúcar são essenciais para evitar complicações.

Alterações na pele podem ser um alerta importante para o diabetes, como mostra este vídeo do canal Cardio DF — Cardiologia e saúde cardiovascular em Brasília, que reúne mais de 5,9 milhões de inscritos. O conteúdo já ultrapassa 4 milhões de visualizações e apresenta os principais sinais de diabetes que aparecem na pele quando o açúcar no sangue está elevado. No vídeo abaixo, o especialista explica cada sinal de forma clara e objetiva:

Os principais sinais de diabetes na pele

border="0" Sinal Como aparece O que pode indicar Xantelasma Placas amarelas nas pálpebras Triglicerídeos altos Acantose nigricans Manchas escuras e aveludadas Resistência à insulina Acrocórdons Pequenas cordinhas na pele Hiperinsulinemia Dermopatia diabética Manchas escuras na canela Alteração nos vasos Bolhas Lesões sem dor em pés e mãos Glicose muito elevada Pele seca e coceira Ressecamento intenso Baixa hidratação da pele

Esses sinais ajudam a levantar suspeitas importantes, mas não substituem exames de sangue. Ao notar qualquer uma dessas alterações de forma persistente, a avaliação médica é essencial para confirmar o diagnóstico e iniciar o controle adequado da glicemia.

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