Casos de violência contra crianças e adolescentes continuam sendo uma realidade preocupante no Brasil, colocando em evidência a importância de agir ao identificar sinais de abuso. Muitas vezes, as vítimas não conseguem ou não sabem como pedir ajuda, tornando a observação de pessoas próximas fundamental para romper o ciclo de agressão e garantir a segurança de crianças e jovens.
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Sinais de alerta: o que observar?
As alterações no comportamento da criança ou do adolescente são os indícios mais frequentes. É importante notar que um sinal isolado não confirma o abuso, mas a combinação de vários deles deve acender um alerta. Fique atento a:
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Mudanças emocionais bruscas: crises de choro sem motivo aparente, irritabilidade, agressividade repentina ou um estado constante de tristeza e apatia.
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Isolamento social: deixar de interagir com amigos e familiares, evitar atividades que antes gostava e preferir ficar sozinho por longos períodos.
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Medo de pessoas ou lugares: demonstrar pavor ou ansiedade excessiva perto de uma pessoa específica ou ao ter que ir a determinados locais.
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Alterações no sono e alimentação: ter pesadelos recorrentes, insônia, perda de apetite ou compulsão alimentar.
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Queda no rendimento escolar: dificuldade de concentração, notas baixas e desinteresse repentino pelos estudos.
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Sinais físicos: hematomas, arranhões ou outras marcas no corpo sem uma explicação plausível, além de queixas de dores frequentes.
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Comportamento sexualizado: usar linguagem ou ter atitudes inadequadas para a idade, ou demonstrar um conhecimento sobre sexualidade incompatível com sua fase de desenvolvimento.
Como denunciar de forma segura
Ao suspeitar de um caso de abuso, a denúncia é o caminho mais seguro e eficaz para proteger a vítima. O principal canal para isso é o Disque 100, o serviço de Disque Direitos Humanos. A denúncia pode ser feita de forma totalmente anônima, 24 horas por dia, através de ligação gratuita, pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil, WhatsApp ou Telegram.
Não é preciso ter provas concretas para denunciar. A simples suspeita, baseada nos sinais observados, é suficiente para que os órgãos competentes iniciem uma investigação. Além do Disque 100, a denúncia pode ser feita diretamente no Conselho Tutelar do município, em uma delegacia de polícia, preferencialmente uma Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ou até mesmo para a coordenação da escola ou um profissional de um posto de saúde, que saberão como encaminhar o caso.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
