Complicações após afogamento: entenda o risco silencioso do verão
Problemas respiratórios podem surgir horas após sair da água; médicos explicam sintomas e prevenção
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O aumento das atividades aquáticas no verão pode acender um alerta sobre incidentes na água que podem ser desconhecidos pela população. Diferente do afogamento que leva à morte imediata, o “afogamento secundário” (termo não oficial) pode se manifestar horas depois que a pessoa, especialmente uma criança, engoliu ou aspirou líquido.
Embora as expressões 'afogamento secundário' e 'afogamento seco' sejam populares, eles não são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 2002, a definição médica oficial é 'aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão'.
O que se chama popularmente de 'afogamento secundário' são, na verdade, complicações pulmonares que podem surgir após um episódio de quase afogamento.
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Mesmo que a vítima tenha sido resgatada rapidamente e pareça estar bem, uma pequena quantidade de líquido pode ter entrado nos pulmões. Isso pode irritar o tecido pulmonar, causando inflamação e acúmulo de fluidos (edema pulmonar). O resultado é uma dificuldade crescente para respirar, que pode evoluir para uma condição grave se não for tratada a tempo.
O maior risco dessas complicações está na sua ação silenciosa. A pessoa sai da água, aparenta normalidade e os sintomas podem começar a surgir nas primeiras horas após o incidente, geralmente em até 8 hours, seja em piscinas, rios, lagos ou no mar.
Quais são os sinais de alerta?
É fundamental que pais e responsáveis fiquem atentos a qualquer mudança de comportamento após um susto na água, por menor que tenha sido. Os principais sintomas que exigem atenção médica imediata incluem:
Tosse persistente e que piora com o tempo.
Dificuldade para respirar ou respiração muito acelerada;
Espuma na boca e/ou nariz;
Não apresenta hipotensão/choque (pulso radial palpável)
Edema agudo de pulmão.
Ao notar qualquer um desses sinais, a recomendação é procurar um serviço de emergência o mais rápido possível. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, que geralmente envolve oxigênio e monitoramento, são essenciais para evitar complicações graves.
A prevenção passa pela supervisão constante de crianças perto da água, pelo uso de coletes salva-vidas em embarcações e pela orientação sobre os riscos de brincadeiras perigosas. Estar ciente dos sintomas de complicações respiratórias pós-afogamento é necessário para agir rápido e proteger vidas.
Este conteúdo tem caráter informativo. Em caso de emergência ou dúvidas sobre sintomas após episódio aquático, procure imediatamente um serviço médico.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.