Infertilidade no Brasil: o que muda com as novas diretrizes da OMS
Saiba como as recomendações globais podem impactar o diagnóstico e o tratamento no SUS e na rede privada, ampliando o acesso para milhões de pessoas
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Com o objetivo de ampliar o acesso a segurança sobre formas de tratamento da infertilidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou as primeiras diretrizes globais sobre essa condição que afeta uma a cada seis pessoas no mundo, segundo a própria OMS.
O documento detalha 40 recomendações voltadas à prevenção, diagnóstico e tratamento da condição, além de medidas educativas que podem servir para conscientizar a população.
A infertilidade é definida como a incapacidade de engravidar após mais de um ano de relações sexuais frequentes sem proteção, atuando sobre o sistema reprodutor sem distinção de gênero.
O que muda com as novas diretrizes?
As orientações da OMS abrangem um conjunto de intervenções que vão desde a prevenção até tratamentos de alta complexidade. O foco está em garantir que mais pessoas possam receber o diagnóstico correto e ter acesso a tratamentos comprovadamente seguros.
Um dos pontos centrais é a recomendação para que os países integrem os serviços de fertilidade aos sistemas de atenção primária à saúde. Isso significa que o acompanhamento poderia começar nos postos de saúde, com orientação e exames iniciais, agilizando o encaminhamento para especialistas quando necessário e democratizando o acesso.
Para o Brasil, o impacto pode ser significativo no Sistema Único de Saúde (SUS), onde a oferta de tratamentos de reprodução assistida é limitada. A padronização pode ajudar a otimizar recursos e a expandir a cobertura para mais regiões do país.
Na rede privada, as novas regras podem influenciar as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).
A expectativa é que haja mais transparência nos procedimentos e uma maior uniformidade na qualidade dos tratamentos oferecidos pelas clínicas, além de pressionar os planos de saúde a ampliarem sua cobertura.
Embora as diretrizes da OMS não sejam obrigatórias, elas funcionam como um guia técnico e ético. A iniciativa estabelece um padrão de referência global, incentivando o Brasil e outras nações a revisarem suas políticas de saúde reprodutiva para garantir um tratamento mais justo e acessível a todos.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.