Depois de levar o filho de 6 anos ao médico, Casey Daniel se viu obrigada a questionar o diagnóstico de gripe recebido durante a consulta. O menino ficou paralisado, sem conseguir andar, falar ou respirar. Desesperada, ela recorreu ao Google e descobriu que a criança tinha uma condição rara. “Achei que ia perdê-lo naquele dia”, contou Casey à emissora KCBD. A história começou em abril de 2025.

Na ocasião, Casey levou o filho a um hospital, já que ele apresentava tontura e dor de cabeça. Os médicos inicialmente atribuíram os sintomas à gripe. Mas, em menos de 24 horas, a situação se agravou: o menino não conseguia andar, falar ou respirar sozinho. Logo depois, a criança perdeu a consciência.

“Não há palavras para descrever o quão horrível é ver seu filho nesse estado”, disse a mãe. Entubado às pressas, o menino passou por uma bateria de exames que descartaram a gripe. Os médicos descobriram um raro — e potencialmente mortal — aglomerado de vasos sanguíneos vazando no tronco cerebral.

Seu estado piorou rapidamente. Ele sofreu convulsões e derrames, e os especialistas alertaram que, se sobrevivesse, provavelmente nunca mais voltaria a andar, dependendo de um respirador e de uma sonda de alimentação para o resto da vida.

A busca por uma saída

Casey passou horas pesquisando na internet até encontrar um artigo do Dr. Jacques Morcos, neurocirurgião da UTHealth Houston especializado no tipo de malformação diagnosticada em seu filho. Ela enviou um e-mail desesperado, implorando por ajuda.

Pouco tempo depois, Morcos respondeu e pediu que o menino fosse transferido imediatamente para o hospital em que atendia. Lá, os médicos confirmaram que a criança sofria de uma malformação cavernosa, condição rara que pode levar a sangramentos e graves sequelas neurológicas.

Segundo a Aliança para a Cura da Malformação Cavernosa, cerca de 1 em cada 500 pessoas possui pelo menos um desses aglomerados no cérebro ou na coluna. Os sintomas costumam surgir entre os 20 e 40 anos, sendo as convulsões os mais comuns. Também podem ocorrer sangramentos, visão turva, dores de cabeça, fraqueza e dificuldades de fala.

Além disso, a Disney possui sua própria ilha privada, a Castaway Cay, nas Bahamas, com praias exclusivas e várias atividades para todas as idades. Divulgação/David Roark/Disney
Os clubes infantis, como o Oceaneer Club e o Oceaneer Lab, oferecem atividades temáticas e supervisionadas, com espaços inspirados em Marvel, Star Wars e histórias de princesas. Divulgação/Disney
Outro ponto alto são os encontros com personagens, que acontecem em diversas áreas do navio, permitindo que os hóspedes interajam e tirem fotos com Mickey, Minnie, e várias princesas. Divulgação/Disney
Destaques incluem o AquaDuck (um toboágua que percorre os andares do navio) e os shows ao estilo da Broadway com personagens como Elsa e Ariel. Divulgação/Disney
As atrações a bordo são uma mistura de entretenimento teatral, gastronomia temática e experiências imersivas. Divulgação/Disney
Há planos para novos navios, como o Disney Destiny e o Disney Adventure (ambos previstos para 2025), além de outros que devem ser lançados até 2031, incluindo um para o Japão. Divulgação/Disney
Em 2024, foi a vez do Disney Treasure ser lançado, repleto de novas atrações. Divulgação/Disney
Em 2022, a empresa lançou o luxuoso Disney Wish, com capacidade para 4 mil passageiros. Wikimedia Commons/ Niamor1484
Com o tempo, a frota cresceu e hoje inclui também o Disney Dream, lançado em 2011, e o Disney Fantasy, lançado em 2012. Divulgação/Disney
O primeiro navio da frota foi o Disney Magic, seguido pelo Disney Wonder em 1999. Divulgação/Disney
Famosos por oferecerem diversão para a família toda, os cruzeiros da Disney foram lançados em 1998 com o propósito de levar a magia dos parques temáticos para o mar. Divulgação/Disney
Em outra ocasião, um ex-jogador do Miami Dolphins contou que precisou nadar mais de 14 km depois de cair no mar próximo da costa no sul da Flórida. Divulgação
Embora quedas de cruzeiros sejam raras, há alguns casos que ficaram conhecidos, como de um homem de 28 anos que nadou por mais de 15 horas no Golfo do México em 2022 até ser resgatado pela Guarda Costeira. Divulgação/Costa Cruzeiros
Em um comunicado, a Disney Cruise Line comemorou o resgate: “Parabenizamos nossos tripulantes por suas habilidades excepcionais e ações rápidas, que garantiram o retorno seguro de ambos os hóspedes ao navio em minutos". Wikimedia Commons/ HenSti
Diversos passageiros relataram o incidente nas redes sociais, elogiando a eficiência da equipe de resgate. Reprodução
A equipe da Disney agiu rapidamente: em cerca de 20 minutos após o alerta de “homem ao mar”, os dois foram resgatados com sucesso. Montagem/Reprodução
O cruzeiro retornava de uma viagem de quatro noites pelas Bahamas em direção a Fort Lauderdale, na Flórida. Lauren_vdM por Pixabay
Segundo relatos de passageiros, a menina tentava tirar uma foto no momento da queda. Reprodução/NBC News
Um pai se jogou no mar para salvar sua filha que caiu do 4º andar do navio. Divulgação/Disney
Um incidente ocorrido no dia 29/6/2025 em um cruzeiro da Disney deixou passageiros desesperados e virou notícia no mundo todo. Divulgação/Disney

A maioria dos casos não tem causa conhecida, mas 20% são hereditários. Nesses pacientes, é comum o desenvolvimento de múltiplas malformações ao longo da vida.

A cirurgia e a recuperação

No novo hospital, o menino foi submetido a uma cirurgia de emergência que durou quatro horas. O resultado foi positivo: poucas horas depois, Witten já estava acordado, respirando sozinho e voltando a falar.

Seis semanas mais tarde, ele voltou para casa, no estado do Texas, nos Estados Unidos, a tempo de celebrar o aniversário de 7 anos. “Quero agradecer ao Dr. Morcos e ao Dr. Shah por me deixarem ver meus amigos novamente”, disse o garoto à KCBD, descrevendo sua recuperação como “linda”.

O menino agora cursa a segunda série e já recebeu liberação médica para retornar ao beisebol. “Na verdade, dissemos a ele que a única condição para jogar bola era nos enviar fotos”, brincou o médico à emissora.

O que são malformações cavernosas?

  • São grupos de vasos sanguíneos com paredes finas e frágeis que se juntam e formam algo parecido com uma “amora”;
  • Esses vasos deixam o sangue circular devagar e, às vezes, ele acaba vazando para o tecido em volta, o que pode causar problemas neurológicos;
  • Geralmente medem menos de 1 centímetro, mas mesmo assim podem provocar convulsões, dores de cabeça ou até sangramentos graves;
  • Podem ser únicos ou múltiplos;
  • Causas:
    • Muitas vezes, não se sabe o motivo;
    • Em alguns casos, passa de geração em geração;
    • Também podem aparecer depois de radioterapia no cérebro ou na coluna;
  • Sintomas- dependem do local em que a malformação aparece, mas podem incluir:
    • convulsões;
    • dor de cabeça forte;
    • visão embaçada ou dupla;
    • fraqueza ou dormência nos braços e pernas;
    • dificuldade para falar;
    • problemas de memória e atenção;
    • perda de equilíbrio ou dificuldade para andar.
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