A cada quatro entrevistados da Geração Z, três diziam estar pelo menos um pouco felizes, mas o índice tende a reduzir conforme as pessoas chegam à idade adulta -  (crédito: Freepik)

A cada quatro entrevistados da Geração Z, três diziam estar pelo menos um pouco felizes, mas o índice tende a reduzir conforme as pessoas chegam à idade adulta

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A Geração Z está passando por momentos mais difíceis do que as gerações anteriores na sua idade, de acordo com o novo estudo da Gallup, uma das maiores empresas de pesquisa de opinião pública do mundo. Os pesquisadores ouviram mais de 2 mil pessoas dos Estados Unidos com idades entre 12 e 26 anos com o intuito de descobrir se as pessoas se sentem felizes e quais fatores influenciam na sensação de felicidade.

 

 

A cada quatro entrevistados, três dizem estar pelo menos um pouco felizes, mas o índice tende a reduzir conforme as pessoas chegam à idade adulta. Entre os jovens de 12 a 14 anos, 80% consideram-se “felizes até certo ponto”, enquanto 68% dos jovens de 24 a 26 anos sentem o mesmo.

 

 

Em torno de 60% dos entrevistados que fazem parte da Geração Z dizem estar felizes e que sentem que fazem algo interessante todos os dias, além de estarem motivados para ir ao trabalho ou à escola. Entre os que se dizem felizes, 64% sentem que suas tarefas profissionais e escolares são importantes. Porém, os membros da Geração Z que não estão felizes têm cerca de metade da probabilidade de se sentirem assim.

 

 

Segundo Zach Hrynowski, um dos pesquisadores do estudo, pessoas da Geração Z com idades entre 18 e 26 anos têm menos probabilidade de avaliar suas vidas positivamente do que as gerações mais velhas quando estavam na mesma faixa etária. Para isso, ele comparou a pesquisa atual com análises anteriores. “O desafio que vemos na pesquisa é que cerca de 40% a 50% dos membros da Geração Z dizem que não acham interessante o que fazem todos os dias”, declarou para a Fox News.


O que faz a Geração Z feliz

 

De acordo com o pesquisador, dois fatores estão fortemente relacionados à felicidade para a Geração Z: o tempo que eles têm para dormir e relaxar no final de semana e o sentimento que o trabalho ou a escola são interessantes e tem um propósito. “O que é importante para a Geração Z é se eles sentem que suas vidas são importantes e estão fazendo a diferença, mais do que 'Vou trabalhar ganhando muito dinheiro, conseguindo uma grande promoção', coisas assim. Eles não acham que isso seja importante, não estão motivados para fazer isso e não têm tempo suficiente para dormir e relaxar”, avaliou à Fox News.

 

 

A pesquisa ainda revelou que a medida de sucesso mudou ao longo das gerações. Fatores considerados mais importantes para gerações mais velhas, como ganhar mais dinheiro e conseguir promoções, tornaram-se menos importantes para a Geração Y, os Millenials, e para a Geração Z e a Geração Y. “O fator mais importante no local de trabalho é esse sentimento de propósito. Você está fazendo a diferença no mundo? Você acha que o que você está fazendo é importante? Você tem oportunidades de aprender e crescer todos os dias?", mostrou Hrynowski.

 

 

“Se você gosta do que está fazendo [no trabalho ou na escola] é um indicativo de que você gosta da maior parte do que faz todos os dias. Este é o próximo passo numa tendência que vimos surgir nas nossas outras pesquisas com a Geração Z”, avalia.

 

 

A pesquisa ainda concluiu que se sentir seguros e descansados em suas vidas pessoais, satisfazer as necessidades básicas e conseguir dormir e relaxar durante a semana também impactam na felicidade para a Geração Z.


Pressões sociais

 


Se alguns motivos ajudam os jovens a se sentirem mais felizes, outros impactam negativamente nesse sentimento - especialmente as pressões sociais. A maior parte dos membros da Geração Z que disseram passar muito tempo se comparando com os outros têm menos probabilidade de se dizerem felizes e duas vezes mais chances de se sentirem ansiosos.

 

 

A pesquisa também descobriu que aqueles que se dizem felizes da Geração Z têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de dizer que se sentem amados, apoiados e conectados uns com os outros. Os adultos da Geração Z com ensino superior, casados ou com filhos são “notavelmente mais felizes” do que seus pares, de acordo com o estudo.

  

Na comunidade LGBT, no entanto, os adultos da Geração Z têm 16% menos probabilidade de dizer que estão felizes do que os heterossexuais. A pesquisa aponta que um a cada cinco membros da Geração Z se identifica como LGBT.