Diminuição do tamanho médio das famílias tem levado as pessoas a estabelecer laços mais estreitos com seus pets -  (crédito: Freepik)

Diminuição do tamanho médio das famílias tem levado as pessoas a estabelecer laços mais estreitos com seus pets

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A época atual é marcada por uma mudança significativa nas dinâmicas familiares, especialmente no que diz respeito aos animais de estimação. O Dia do Filho, celebrado nesta sexta-feira (5/4), tem ganhado uma nova dimensão com a crescente tendência de considerar os pets como membros efetivos da família. Mas por que essa mudança de perspectiva? Antes vistos apenas como animais de companhia, os pets passaram a ocupar um lugar especial nos lares modernos. O afeto e o vínculo emocional estabelecido entre humanos e animais têm se intensificado, levando muitas pessoas a tratar seus pets não mais como simples animais, mas como filhos de quatro patas.

De acordo com a médica veterinária e supervisora técnica-comercial da Brazilian Pet Food, empresa de alimentos para cães e gatos, Dorie Zattoni, diversos fatores contribuem para essa mudança de paradigma. Em primeiro lugar, a diminuição do tamanho médio das famílias tem levado as pessoas a estabelecer laços mais estreitos com seus pets, que muitas vezes preenchem o papel de companheiros constantes e confidentes.

Além disso, a compreensão crescente sobre o bem-estar animal tem levado os tutores a adotar práticas mais humanizadas em relação aos cuidados com seus animais de estimação. Isso inclui alimentação adequada, atividades recreativas, cuidados veterinários regulares e até mesmo a inclusão dos pets em planos de saúde específicos.

“A tecnologia também desempenha um papel fundamental nessa mudança de mentalidade. Com o advento das redes sociais e a popularização de aplicativos voltados para pets, como serviços de delivery de alimentos, hospedagem e cuidados especializados, os tutores têm mais recursos e informações para proporcionar uma vida plena e feliz a seus animais de estimação”, explica.

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No entanto, essa evolução na relação entre humanos e pets também levanta questões importantes, como a responsabilidade dos tutores em garantir o bem-estar físico e emocional dos animais, a necessidade de políticas públicas voltadas para a proteção animal e o debate sobre os limites dessa equiparação entre pets e filhos.

“O Dia do Filho, portanto, não se limita mais aos laços de sangue, mas abrange uma gama diversificada de relações familiares, incluindo aquelas construídas com amor, cuidado e respeito mútuo entre humanos e seus pets. Neste contexto, é fundamental refletir sobre o significado dessa nova dinâmica familiar e os desafios e responsabilidades que ela traz consigo”, diz a médica veterinária.