Pets pegam dengue? Dicas para proteger cães e gatos do Aedes aegypti
Veterinária aborda dúvida comum entre os tutores de animais: a possibilidade de cães e gatos contraírem dengue
compartilhe
Siga no
Em meio ao crescente número de casos de dengue em várias regiões do Brasil, uma questão que surge entre os tutores de animais de estimação é: "Os pets podem contrair dengue?". Para resolver essa dúvida, Karin Botteon, veterinária e gerente técnica da Boehringer Ingelheim, esclarece as possíveis consequências para cães e gatos após serem picados por mosquitos.
31/01/2024 - 12:03 Dengue e o risco da cegueira; saiba quais são os sintomas
31/01/2024 - 20:32 Vacina contra dengue do Butantan tem eficácia de quase 80%, aponta estudo
01/02/2024 - 07:19 Hidratação é palavra de ordem, diz secretária de Saúde sobre dengue
Segundo Karin, "apesar de os mosquitos Aedes aegypti, transmissores da dengue, picarem cães e gatos, esses animais não são afetados pela doença como os humanos. Eles podem ser vítimas da picada do mosquito, mas não desenvolvem a dengue". Esta informação é um alívio para muitos tutores preocupados com a saúde de seus companheiros.
Leia: Dengue em BH: 'Nas próximas semanas, entraremos num caso de epidemia', diz secretário
Entretanto, a veterinária adverte que "isto não significa que os donos de animais devam baixar a guarda. É fundamental manter o ambiente limpo e livre de possíveis criadouros do mosquito, como os potes de água parada, por exemplo, tanto para proteger os humanos quanto os animais de estimação". A prevenção continua sendo a melhor estratégia no combate ao vetor da dengue.
Proteção contra outras doenças transmitidas por mosquistos
A veterinária destaca a importância da proteção contra outras doenças transmitidas por mosquitos que podem afetar animais de estimação, como a dirofilariose (também conhecida como verme do coração) e a leishmaniose, a qual é transmitida por outra espécie de mosquito, o mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis).
"Além dos cuidados com o ambiente para eliminar fontes de reprodução dos mosquitos, em áreas endêmicas para dirofilariose e leishmaniose, a proteção dos pets contra mosquitos exige o uso de medidas específicas, como coleiras repelentes. Portanto além dos cuidados com vacinação e o uso regular de antiparasitários para pets, como Frontline ou NexGard Spectra, as consultas regulares ao veterinário para orientações adicionais são medidas essenciais para manter os animais seguros e saudáveis", enfatiza Karin.
Leia: Dengue: casos em Minas Gerais crescem mais de 30% em quatro dias
Karin Botteon reforça a mensagem de que, embora a dengue não seja uma preocupação direta para cães e gatos, a prevenção e o controle do mosquito Aedes aegypti são cruciais para a saúde pública e bem-estar animal: "Cuidar do nosso ambiente é cuidar dos nossos animais e de nós mesmos".