Segundo uma pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que contou com a participação de 885 dermatologistas, de 25 estados, a acne desponta como a condição mais buscada, representando 771 das 9.629 consultas realizadas durante o estudo -  (crédito: Freepik)

Segundo uma pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que contou com a participação de 885 dermatologistas, de 25 estados, a acne desponta como a condição mais buscada, representando 771 das 9.629 consultas realizadas durante o estudo

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Atualmente, a acne destaca-se como uma das principais preocupações dermatológicas nos consultórios brasileiros. Essa prevalência decorre da sua capacidade de afetar pessoas de diversas faixas etárias, tipos de pele e condições hormonais. No entanto, a pré-adolescência e adolescência continuam sendo as fases mais comuns para o surgimento destes problemas cutâneos.

Segundo uma pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que contou com a participação de 885 dermatologistas, de 25 estados, a acne desponta como a condição mais buscada, representando 771 das 9.629 consultas realizadas durante o estudo. Além disso, 65,1% dos pacientes que procuraram ajuda eram do sexo feminino. Esses resultados reforçam a necessidade de abordagens personalizadas e eficazes no tratamento deste problema, especialmente diante de sua incidência significativa no país.

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Embora a acne seja uma condição bem comum, ainda é fonte de dúvidas para muitas pessoas. Perguntas sobre suas causas, surgimento e tratamentos são comuns e, para entender esses questionamentos, as dermatologistas Ericka Marinho e Isabella Rezende esclarecem alguns pontos.

1. Quais são as principais causas da acne?


Os fatores que contribuem para o surgimento da acne incluem a produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas, a obstrução dos poros, crescimento bacteriano na pele e inflamações. “No entanto, para compreender a origem desses problemas, é importante considerar diversas causas”, explica a médica Ericka Marinho.

Hormônios: alterações hormonais desempenham um grande papel para o surgimento de inflamação na pele, afetando principalmente mulheres com ovários-policísticos, pessoas em tratamento hormonal ou que fazem uso de anabolizantes.


Genética: indivíduos com histórico familiar de acne têm uma predisposição maior, sendo essa associação mais evidente em pessoas com pele naturalmente oleosa ou mista. A expressão genética pode influenciar a produção de sebo, a resposta inflamatória e a propensão a obstruções nos poros, todos fatores determinantes no surgimento de espinhas.


Fatores ambientais: elementos como poluição, clima e água contaminada podem influenciar a saúde da pele, contribuindo para o desenvolvimento da acne em determinadas circunstâncias.
Condições emocionais: além dos fatores físicos, os problemas emocionais também podem ser responsáveis. O estresse, a ansiedade e outras questões podem afetar o funcionamento das glândulas sebáceas e desencadear episódios de acne ou agravar condições já existentes.

2. Quais são os tratamentos para acne?


Na dermatologia, a abordagem ao tratamento da acne é cuidadosamente adaptada, levando em consideração sua gravidade e causa. Inicialmente, o médico opta por estratégias tópicas, como a aplicação de cremes e géis contendo peróxido de benzoíla. Essas formulações visam controlar a produção de sebo, combater as bactérias causadoras da acne e promover a renovação celular.

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“Durante esse processo, é essencial adotar precauções rigorosas, como evitar a exposição solar e seguir fielmente os horários prescritos. A exposição solar pode potencializar a sensibilidade da pele, enquanto a consistência na aplicação dos tratamentos é fundamental para otimizar os resultados”, explica a dermatologista Isabella Rezende.

3. Pode espremer espinhas?


“É desaconselhável espremer espinhas, pois essa prática pode resultar em complicações significativas no futuro. A manipulação inadequada das erupções causa danos aos tecidos ao redor, deixando marcas duradouras ou até permanentes”, explica Ericka Marinho. Além do risco de infecção devido à ruptura da pele, essa ação prolonga a inflamação e pode levar à propagação da infecção para outras áreas do rosto ou do corpo.

Em vez disso, é recomendável permitir que a acne evolua naturalmente ou procurar a orientação de um dermatologista para tratamentos apropriados que controlem a condição de forma eficaz e minimizem o impacto na pele.

4. Como lidar com as manchas e cicatrizes?


Lidar com manchas e cicatrizes provenientes da acne requer uma abordagem cuidadosa. “Consultar um dermatologista é crucial para uma avaliação especializada, determinando o tipo de cicatrizes e manchas, e recomendando tratamentos personalizados para alcançar os melhores resultados. Além do mais, a paciência é fundamental, visto que muitos desses métodos demandam tempo para apresentar resultados visíveis”, diz  Isabella Rezende.

Para pacientes adultos, uma das soluções é o tratamento com Restylane Skinboosters. O produto promove uma hidratação profunda, devolvendo o brilho e melhorando o aspecto de cicatrizes de acne.

Dermotivin Benzac também tem uma especializada nos cuidados com a pele oleosa e acneica, consulte seu médico.

5. Quais produtos dermocosméticos ajudam a melhorar?


Desenvolver uma rotina de skincare personalizada é uma peça-chave para aqueles que lidam com problemas de acne. Essa abordagem inclui a cuidadosa escolha dos produtos, como limpadores suaves ou antibactericidas, hidratantes não comedogênicos e protetor solar de uso diário. A implementação consistente desses passos não apenas contribui para o tratamento, mas também favorece a saúde da pele, promovendo uma tez mais equilibrada e radiante.