A cantora norte-americana Christina Aguilera, de 43 anos,  apareceu 18 quilos mais magra  durante uma apresentação recente em Las Vegas e surpreendeu os fãs -  (crédito: jenniferlinneaphotography/flickr/Licenças Creative Commons)

A cantora norte-americana Christina Aguilera, de 43 anos, apareceu 18 quilos mais magra durante uma apresentação recente em Las Vegas e surpreendeu os fãs

crédito: jenniferlinneaphotography/flickr/Licenças Creative Commons

 A cantora norte-americana Christina Aguilera deixou os fãs boquiabertos durante uma apresentação realizada recentemente em Las Vegas. Ocorre que a artista de 43 anos apareceu 18 quilos mais magra e surpreendeu ao falar sobre seu plano alimentar. Em entrevista ao jornal britânico DailyMail, Aguilera afirmou que chegou a consumir por dia 1.600 calorias seguindo a dieta arco-íris. A nutricionista clínica funcional, Gisela Savioli, explica o que é, quais os benefícios da dieta arco-íris e como classificar os alimentos da maneira correta.

De acordo com a nutricionista, investir nas cores dos alimentos pode ser um bom guia e a forma mais simples de começar a desinflamar o organismo, prevenindo e tratando quadros como a obesidade, diabetes, ansiedade, depressão, problemas cardiovasculares, entre outros.

“As cores dos alimentos não são apenas 'enfeites'. A ciência já sabe que a coloração diz respeito a potenciais terapêuticos específicos, como fitoquímicos e compostos bioativos, que tornam as frutas, legumes, verduras e temperos verdadeiros medicamentos naturais", afirma Gisela Savioli, que é autora do livro digital Dieta Arco-Íris.

Os alimentos recomendados na dieta arco-íris envolvem frutas, verduras e legumes. Ou seja, todos saudáveis. “Na escala das cores, cada uma delas é marcada por uma vantagem nutricional diferente. Por isso, meu lema é ‘ser saudável não é complicado. E, sim, colorido’. A recomendação principal é colocar em todas as refeições ao menos cinco cores diferentes de alimentos no prato, sempre priorizando em quantidade as folhas verdes e cruas”, pontua a nutricionista.

Como classificar os alimentos?

cesta com verduras e legumes variados

As cores dos alimentos não são apenas 'enfeites', a ciência já sabe que a coloração diz respeito a potenciais terapêuticos específicos

Jill Wellington por Pixabay

Gisela explica que, o que define a cor da fruta ou vegetal é a cor da casca desde que a coma também. “A maçã será verde ou vermelha se você comer com a casca. Agora, se a descascar, ela será considerada branca”.

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Ela ensina ainda um um guia básico das cores dos alimentos. Confira:

Grupo verde

De acordo com Gisela Savioli, os alimentos verdes são os mais abundantes na natureza e, por isso, precisam ser os mais abundantes em seu prato. Sua principal característica é a riqueza em magnésio, mineral que comanda o organismo e garante a boa saúde, especialmente no alívio das dores, na energia e no relaxamento muscular.

Neste grupo estão frutas como abacate, maçã verde, kiwi e uva Itália. Os legumes vão desde abobrinha, brócolis e chuchu a vagem, quiabo e ervilha. As verduras são todos os tipos de alface, agrião, repolho, rúcula, mostarda, couve, entre outros. Existe muita variedade entre as folhas verdes e a escolha quando não é monótona amplia ainda mais a qualidade nutricional para quem a consome.

Grupo vermelho

A cor vermelha é indicativo de licopeno, um nutriente que se mostrou capaz de melhorar a saúde e ajudar a prevenir alguns tipos de câncer. Neste grupo se encaixam as frutas: acerola, cereja, melancia, pitanga, morango, maçã e goiaba. A beterraba e o rabanete também se encaixam junto com o pimentão vermelho e o tomate. "Uma dica é consumir esses alimentos vermelhos acompanhados de um bom azeite. Pois a gordura do azeite melhora a absorção dos nutrientes deste grupo alimentar", ressalta a nutricionista.

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Grupo laranja e amarelo

Alimentos naturais nas cores laranja e amarelo são ricos em beta-criptoxantina, uma substância poderosa e anti-inflamatória, que ajuda a aliviar dores, muito indicada e recomendada, inclusive, para quem tem endometriose. Entram no grupo: abóbora japonesa, abóbora seca, batata yacon, cenoura, mandioquinha e pimentão amarelo. As frutas são o caju, manga, caqui, melão, laranja, pêssego, mamão, seriguela, tangerina, nêspera, abacaxi, maracujá doce e pêra.

Grupo roxo

Os alimentos roxos, segundo a nutricionista Gisela Savioli, são muito ricos em antioxidantes, sendo um deles a antocianina, uma das mais influentes para ajudar a coibir o envelhecimento precoce. São tão nutritivos que não precisam ser ingeridos em grandes quantidades. Estão englobados a cebola roxa, repolho roxo, açaí, ameixa, amora, figo, uva roxa, mirtilo, berinjela, jabuticaba, framboesa e a batata doce roxa.

Grupo branco

Os alimentos brancos concentram antioxidantes importantes, alguns associados à proteção ao câncer. Neste grupo, fazem parte a endívia, alho, cebola, alho-poró, couve-flor, broto de feijão, atemoia, fruta do conde, banana, goiaba branca, graviola, jaca, lichia, mangostim, melão rei, cupuaçu, coco, mandioca, batata bolinha, nabo, batata doce branca, cará, inhame, batata inglesa e os tipos de cogumelos, que são boas opções para ampliar a eficiência do sistema imunológico e deveriam fazer mais parte da rotina dos brasileiros.

Gisela ainda faz uma alerta para as frutas brancas, que apesar de bem nutritivas, também são as mais calóricas.

A cebola e o alho

“O alho e cebola são temperos que entraram na lista de cores de alimentos pois estão presentes em quase todas as receitas e preparos. Eles podem ser sinalizados como brancos. Sempre priorize temperos naturais, pois os prontos, cuja a maioria disponível no mercado é de péssima qualidade para a saúde, contêm corantes e alto teor de sódio”, diz Gisela.

Hidratação: grupo azul

A nutricionista reforça a importância do consumo de água, classificada no grupo azul, e chama atenção para a diversidade existente na culinária terapêutica. “Cada alimento de verdade é uma farmácia em termos de nutrientes e compostos bioativos. Quando associados uns aos outros, fazem o que chamamos de sinergia. Essa é a razão pela qual uma vitamina isolada comprada nunca fará o mesmo efeito do que a matriz alimentar”.