Em dias mais quentes, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento das temperaturas globais está associado a um crescimento alarmante de problemas respiratórios, que se tornam ainda mais impactantes com a baixa umidade do ar nesses períodos.

Intensivista do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), Fábio Basilio destaca que as doenças sensíveis ao clima, como as respiratórias (asma) e as arboviroses (dengue e a malária), apresentam incidência exacerbada com o aumento da temperatura.

Essas doenças, segundo o médico, são preocupantes principalmente entre as populações idosas, crianças e pessoas com comorbidades e problemas crônicos. Por isso, a importância de medidas preventivas para mitigar o agravamento de doenças respiratórias preexistentes, sobretudo durante o verão.



“Ações de conscientização são importantes neste momento para esclarecer a população sobre os impactos da exposição prolongada ao calor e à poluição do ar, especialmente aqueles que já sofrem de condições respiratórias pre existentes”, frisa.

Dados levantados por um estudo desenvolvido pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), divulgado recentemente, indicam ainda que há um importante aumento na mortalidade hospitalar por doenças respiratórias associadas às altas temperaturas.

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O artigo, publicado no periódico científico The Lancet Regional Health – Europa, sugere que o crescimento de casos de doenças respiratórias agudas durante o calor, responsáveis pelo risco aumentado de óbito, está mais relacionado ao agravamento de doenças crônicas e infecciosas do que à propagação de novas infecções, que são mais comuns em períodos frios.

O especialista dá recomendações para garantir a manutenção da saúde respiratória nesses períodos de calor intenso e prolongado:

- Hidratação adequada: ingerir água ou sucos naturais mesmo sem sentir sede, e evitar bebidas alcoólicas. Atentar à hidratação de idosos, crianças e recém nascidos.

- Evitar exposição direta ao sol no período de pico, entre 10h e 16h, e utilizar protetor solar, assim como o uso de chapéus e óculos escuros.

- Utilizar roupas leves e manter o ambiente arejado.

Além disso, Fabio Basilio reforça que qualquer sintoma ou desconforto persistente deve ser avaliado imediatamente por um médico. "A atenção deve ser sobretudo às pessoas portadoras de asma, bronquite e outros quadros crônicos. Orientamos que, nesses casos, o paciente procure atendimento de emergência para realizar o acompanhamento adequado”, indica.

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