No início da manhã, o Hospital Infantil de Pequim ainda estava superlotado com pais cujos filhos apresentavam pneumonia e procuravam tratamento -  (crédito: FTVnews/ reprodução )

No início da manhã, o Hospital Infantil de Pequim ainda estava superlotado com pais cujos filhos apresentavam pneumonia e procuravam tratamento

crédito: FTVnews/ reprodução

Na última terça- feira (21/11), o Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes (ProMed), órgão internacional de doenças infecciosas, emitiu relatório sobre o surto de pneumonia infantil na China. A nota vem no momento em que os hospitais infantis de Pequim, Liaoning e outros locais ficaram sobrecarregados com crianças doentes.

No início da manhã, o Hospital Infantil de Pequim ainda estava superlotado com pais cujos filhos apresentavam pneumonia e procuravam tratamento. Sr. [W], um cidadão de Pequim, entrevistado pela emissora FTVnews de Taiwan, relata a situação no hospital e os sintomas mais comuns sentidos pelas crianças: "Muitos, muitos estão hospitalizados. Eles não tossem e não apresentam sintomas. Eles apenas têm temperatura alta (febre) e muitos desenvolvem nódulos pulmonares."

Com 800 km de distância de uma cidade a outra, a situação na província de Liaoning também é grave. O saguão do Hospital Infantil de Dalian está cheio de crianças doentes recebendo soro intravenoso. Também há filas de pacientes em hospitais de medicina tradicional chinesa e em hospitais centrais. Um membro da equipe do Hospital Central de Dalian disse: “Os pacientes têm que esperar na fila por duas horas, estamos todos no pronto-socorro e não há ambulatórios gerais”.

Por enquanto, segundo a nota, não há casos de adultos contaminados pela doença respiratória fora da escola, como é citado: “os professores também estão infectados com a pneumonia”. Com isso, as aulas escolares foram canceladas completamente para evitar contaminação. Os pais questionaram se as autoridades estão encobrindo uma epidemia.

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Ainda, Sr. [W] comenta sobre o país ter deixado de aderir a política “zero” no início deste ano, o que pode ter levado a epidemias como gripe, micoplasma e broncopneumonia. A medida citada “política COVID zero” impunha lockdowns e fechamento do comércio, escolas e empresas em regiões com casos crescentes de COVID-19, assim como, testagem em massa.

A ProMed não emitiu outro comunicado, bem como outros órgãos de saúde. A instituição foi responsável por relatar surtos como o da COVID-19, ebola e zika.