A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti; sua maior incidência, normalmente, ocorre no verão, devido ao período de chuvas -  (crédito: Jcomp/ Freepik)

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti; sua maior incidência, normalmente, ocorre no verão, devido ao período de chuvas

crédito: Jcomp/ Freepik

O período de chuvas já está se aproximando e uma das grandes preocupações nos centros urbanos é com o aumento dos casos de dengue. Neste ano, porém, a população conta com uma nova alternativa contra a doença: a vacina Qdenga - imunizante que alcança uma eficácia de até 90% contra a arbovirose.


Especialistas alertam para a imunização antes da chegada do verão - época mais quente do ano e quando a incidência de dengue é maior. O temor vem dos altos índices da doença registrados até agora. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de janeiro até junho, foram confirmados no Brasil mais de um milhão de casos - um aumento de 13% em relação ao mesmo período em 2022. Ainda ocorreram 769 óbitos.


“O Brasil tem registrado, nas últimas décadas, um aumento de casos e hospitalizações por dengue, o que impacta, além da pessoa que adoece, os serviços de saúde e a sociedade. A disponibilidade de uma vacina que não necessita de uma sorologia positiva é uma ótima notícia para aliviar a carga da doença. Devemos recomendar a todos que se vacinem o quanto antes”, alerta Marisa Mariano, técnica de vacinas do São Marco-Saúde e Medicina Diagnóstica, marca que pertence à Dasa.


Qdenga


O novo imunizante aumenta a proteção contra os quatro sorotipos da dengue (DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4). É a única vacina aprovada no Brasil para utilização independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação. Dessa forma, ela se diferencia da Dengvaxia aprovada anteriormente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a qual é recomendada apenas a quem já foi infectado pelo vírus. A vacina já está disponível nos laboratórios Lustosa e São Marcos.


A Qdenga pode ser aplicada em pessoas entre quatro a 60 anos. São recomendadas duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. Não há necessidade de reforço ao longo da vida. Segundo Marisa Mariano, a eficácia geral da vacina é de 84,1%, a partir de 30 dias do esquema de duas doses, enquanto a eficácia contra as formas que requerem hospitalização é de 90,4%.


O novo imunizante é feito com vírus vivo atenuado, portanto, não é recomendado para pacientes com alguma condição de imunossupressão, gestantes, mulheres que estejam amamentando e pessoas com alergia a seus componentes. Pacientes que estiverem com febre no dia da aplicação devem aguardar até a completa recuperação. Por outro lado, quem já recebeu a Dengvaxia pode tomar o novo imunizante, idealmente seis meses após a última dose.

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Dengue


A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Sua maior incidência, normalmente, ocorre no verão, devido ao período de chuvas. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito. A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas como:

  1. Febre alta
  2. Mal-estar
  3. Dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações
  4. Manchas vermelhas, podendo ocorrer ainda coceira e erupções na pele


A forma grave da doença pode levar a óbito, (dengue hemorrágica), e inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.