Hidratação do corpo não deve ser apenas tomando água
 -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Hidratação do corpo não deve ser apenas tomando água

crédito: Ed Alves/CB/DA.Press

A atual onda de calor tem feito cidades brasileiras baterem recordes de temperaturas. O Distrito Federal, por exemplo, atingiu, pelo segundo dia seguido, o recorde anual de temperatura nesta terça-feira (14/11). A previsão é de que o calor continue até esta sexta-feira (17/11), segundo alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para tentar aliviar o calorão, o Correio conversou com Lucas Albanaz, clínico geral e coordenador da clínica médica do Hospital Santa Lúcia, que deu dicas de como proteger o corpo das altas temperaturas.

Albanaz explica que para o bom funcionamento do nosso corpo ocorre em uma temperatura aproximada de 36ºC. Quando exposto ao calor extremo, o corpo utiliza-se de mecanismos compensatórios para regular a temperatura interna, por meio excreção de suor e da dilatação dos vasos sanguíneos.

Isso pode desidratar o corpo e por isso o profissional recomenda um cuidado redobrado com a hidratação, que vai além do tradicional beber água. "Nossa hidratação, não é somente tomar água. Essa é a fundamental e a principal, mas a gente tem que hidratar nosso corpo também com hidratante corporais, hidratar as nossas mucosas, tanto os olhos quantas narinas", detalha.

Albernaz também orienta evitar a prática de exercícios físicos nos horários de maior exposição solar, entre 10h e 16h, sobretudo em locais abertos. O cuidado deve ser redobrado com crianças e idosos. " Eles não têm esses mecanismos termorregulatórios tão bem desenvolvidos. Consequentemente, se eles ficarem expostos a esse calor extremo, pode ser que eles não percebam", afirma o médico.

Outro risco, alerta o médico, é de infartos devido o aumento da pressão arterial. "Temos alguns estudos mostrando que durante esse período mais intenso (de calor) a gente tem uma incidência maior de infarto na população".


Causa da nova onda calor

A nova onda de calor é oriunda do El Niño e deve ter seus efeitos sentidos até maio do ano que vem. O fenômeno, conhecido por gerar extremos climáticos, causa fortes chuvas no Sul e temperaturas mais altas nas demais regiões do Brasil.