Bolsonaro tem melhora, dizem médicos. Advogados vão insistir na prisão domiciliar
A equipe médica que assiste o ex-presidente atualizou o quadro de saúde dele nesta quarta, 31. Desde que foi internado, na véspera de Natal, Bolsonaro passou por quatro intervenções cirúrgicas no hospital
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Jair Bolsonaro passou por novo exame endoscópico nesta quarta-feira, 31, e aguarda a alta médica e a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre seu destino. A defesa tenta que ele cumpra a pena por tentativa de golpe de Estado em casa. Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, Bolsonaro está preso desde o final de novembro.
Após uma semana internado no hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente tem alta prevista para esta quinta-feira, 1º. “Salvo se houver alguma intercorrência”, observou o cardiologista Brasil Caiado, um dos integrantes da equipe médica que acompanha Bolsonaro.
A ideia é que Bolsonaro seja avaliado mais uma vez durante a manhã desta quinta para, na sequência, a PF ser comunicada para cuidar de sua transferência de volta à prisão, na sede da superintendência da corporação em Brasília.
Na tarde desta quarta, a endoscopia digestiva alta realizada mostrou um quadro de “esofagite e gastrite” que já era conhecido pelos médicos. O exame indicou a necessidade de continuar o tratamento para refluxo, com fisioterapia respiratória, terapia de CPAP noturno e medidas para evitar trombose, segundo o boletim médico divulgado pelo hospital.
Internado no dia 24 para uma cirurgia de hérnia com autorização do Supremo, Bolsonaro passou por outros três procedimentos cirúrgicos nos últimos dias para conter as crises de soluço persistente e segue sob “cuidados pós-operatórios”, apesar da melhora indicada pela equipe médica. O ex-presidente também iniciou um tratamento com antidepressivos.
“Precisamos de um pouco mais de tempo. A evolução nesses casos geralmente é mais lenta. Mas nas primeiras 24 horas já tivemos esta resposta positiva, então nos deixou um pouco mais confiantes”, afirmou o médico Claudio Birolini.
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Os advogados de Bolsonaro querem que o ministro Alexandre de Moraes o autorize a passar o período de recuperação em prisão domiciliar ou mesma na unidade hospitalar, por considerar que a cela na PF agrava as crises nervosas e de soluços. Moraes, relator do caso no STF, negou nesta quarta um pedido da defesa para que o sogro do ex-presidente, Vicente Reinaldo, o visitasse no hospital.