IA ganha espaço na política em 2025 e vira aposta central para as eleições de 2026

Recursos tecnológicos proporcionados pela inteligência artificial ampliam as ferramentas de comunicação dos candidatos e prometem inundar as redes nas campanhas do ano que vem

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O uso de inteligência artificial por políticos e partidos ganhou tração ao longo de 2025 e começa a se consolidar como uma das principais ferramentas de disputa de narrativa para a corrida às urnas em 2026. Se nas eleições municipais de 2024 a expectativa era de uma explosão de IA que acabou não se confirmando, neste ano a tecnologia passou a ser incorporada de forma mais consistente e crescente na comunicação política — sobretudo nas redes sociais — e já dá sinais de que terá papel ainda mais relevante no próximo ciclo eleitoral.

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Ao longo de 2025, campanhas e peças audiovisuais produzidas com apoio de IA passaram a circular com frequência maior, explorando linguagem emocional, humor, simplificação de mensagens e forte apelo visual. Um dos exemplos mais emblemáticos foi a disseminação de vídeos que classificavam o Legislativo como “Congresso inimigo do povo”, em meio ao embate entre governo e parlamentares sobre temas como impostos, pautas econômicas e a derrubada de propostas defendidas pelo Planalto. As peças ganharam alcance expressivo nas redes e ajudaram a tensionar o debate público em momentos-chave do ano.

A estratégia também foi usada em conteúdos sobre política fiscal. Vídeos com estética e roteiro gerados por inteligência artificial puxaram o debate contra e a favor do aumento de impostos para os mais ricos, explorando personagens fictícios, situações caricatas e narrativas diretas ao eleitor. Mesmo sem autoria claramente assumida em alguns casos, esse tipo de material se tornou parte do ambiente político digital de 2025 e evidenciou o potencial da tecnologia para amplificar mensagens e enquadramentos.

No campo da oposição, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a apostar em vídeos com forte apelo visual e uso de recursos de IA para reforçar sua presença nacional. Não foi a primeira vez que o governador recorreu a esse tipo de linguagem: ao longo do último ano, ele já havia testado formatos semelhantes, com tom humorístico e linguagem popular, mirando engajamento e viralização. Em peça veiculada neste final de ano, Zema aparece cantando uma música carregada de expressões de Minas Gerais. 

Em 2025, essas iniciativas passaram a ser lidas por analistas políticos como parte de um esforço de projeção para além do cenário estadual, em um momento de reorganização do tabuleiro para 2026. Especialistas em comunicação política avaliam que o avanço observado neste ano tende a se intensificar. A combinação entre custos mais baixos, ferramentas cada vez mais acessíveis e alto potencial de alcance faz da IA um instrumento atraente para campanhas eleitorais, sobretudo nas disputas por atenção nas redes sociais. A expectativa é que, em 2026, a tecnologia seja usada não apenas para peças isoladas, mas de forma integrada às estratégias digitais de candidatos e partidos.

Projeto de lei
Paralelamente à explosão do uso político da inteligência artificial nas redes, o Congresso discute o marco legal da tecnologia. O principal texto em tramitação é o PL 2.338/2023, aprovado pelo Senado no fim de 2024 e hoje em análise na Câmara dos Deputados. A proposta cria regras para o desenvolvimento e uso de sistemas de IA no Brasil, estabelece uma classificação por níveis de risco, define direitos de pessoas afetadas por decisões automatizadas e prevê mecanismos de responsabilização para empresas e agentes que utilizarem a tecnologia de forma abusiva. O avanço ou a desidratação desse projeto é visto por pesquisadores da área como decisivo para o ambiente digital das eleições de 2026.

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Se 2025 marcou a consolidação da IA como ferramenta de disputa política, 2026 tende a ser o primeiro teste em larga escala do impacto dessa tecnologia em uma eleição presidencial. A experiência recente indica que o uso tende a crescer — e que o debate sobre seus efeitos deve caminhar junto com a própria campanha.

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