União Brasileira de Mulheres representa contra Motta por violência política de gênero
Entidade pediu que o Ministério Público Eleitoral investigue atuação da Polícia Legislativa em sessão da Câmara, que gerou agressões a deputadas e jornalistas
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A União Brasileira de Mulheres (UBM) apresentou nessa segunda-feira, 15, uma representação ao Ministério Público Eleitoral contra Hugo Motta por violência política de gênero. A ação trata da atuação da Polícia Legislativa na última terça-feira, 9, quando reprimiu um protesto do deputado Glauber Braga no plenário da Câmara.
Segundo a UBM, a remoção de Glauber da cadeira da Presidência da Casa ocorreu de forma “violenta e desproporcional”, após uma ordem que partiu de Motta e resultou em agressões a deputadas e jornalistas.
A entidade sustentou ao Ministério Público Eleitoral que parlamentares mulheres, como Sâmia Bomfim e Célia Xakriabá, foram empurradas e agredidas por agentes da Polícia Legislativa, o que as levou a registrar boletim de ocorrência e buscar atendimento médico na Câmara.
A entidade também relatou agressões contra profissionais de imprensa, em sua maioria mulheres, incluindo empurrões, puxões de cabelo e impedimento do livre exercício da atividade jornalística.
“O Congresso nacional extrapolou limites e atuou contra a democracia com violência política de gênero e censura à imprensa. Isso tem que ser exposto e cobrado pelo povo. A UBM está cumprindo seu papel”, afirmou a diretora nacional da entidade, Laudijane Domingos.
A UBM pediu que o Ministério Público Eleitoral reconheça a ocorrência de violência política de gênero e apure as responsabilidades institucionais da Câmara, incluindo a de Hugo Motta, por eventuais determinações, omissões ou falhas administrativas que tenham contribuído para as violações.