Quem são os ministros que devem permanecer no governo em 2026
A expectativa é de que apenas 12 titulares da Esplanada continuem nos cargos no próximo ano. Entre eles, Alexandre Padilha (Saúde), Guilherme Boulos (Secretaria-Geral) e Mauro Vieira (Relações Exteriores)
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Dos 38 ministros do governo, apenas 12 devem permanecer nos cargos no próximo ano. Os demais devem deixar os postos na Esplanadas dos Ministérios de olho nas eleicões de 2026.
Ficam nos cargos, segundo técnicos das alas política e econômica, os ministros Wolney Queiroz (Previdência), Vinícius Carvalho (CGU), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Márcia Lopes (Mulheres), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), José Múcio (Defesa), Guilherme Boulos (Secretaria-Geral), general Amaro (GSI), Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), Esther Dweck (Gestão) e Alexandre Padilha (Saúde).
No caso de Padilha, o presidente Lula pediu que ele ficasse no cargo de ministro da Saúde para continuar o trabalho que é avaliado como positivo pelo presidente da República. Havia a expectativa de que ele pudesse disputar mais um mandato de deputado federal por São Paulo.
Os demais ministros deverão deixar os cargos até 6 de abril, data limite para desincompatibilização dos candidatos em 2026. O primeiro a desembarcar deve ser o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Ele nega que seja candidato e tem afirmado que trabalhará apenas pela reeleição de Lula. Entretanto, a expectativa entre aliados é que Haddad seja candidato ao Senado e o ministro Márcio França (Empreendedorismo) dispute o governo de São Paulo. Na Fazenda, o mais provável é que o secretário-executivo, Dario Durigan, assuma o posto de ministro, como mostrou o PlatôBR.
O vice-presidente Geraldo Alckmin deixará o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e será substituído pelo secretário-executivo, Márcio Elias Rosa. No Planejamento, a ministra Simone Tebet deve ser candidata ao Senado, mas o substituto ainda não está definido.
Até o momento, a expectativa é de que a ministra Margareth Menezes (Cultura) deixe o posto para ser candidata a deputada federal pelo PT na Bahia, com apoio da primeira dama Janja. O secretário-executivo, Márcio Tavares, é o substituto. Entretanto, o diretório estadual do partido ainda não embarcou de vez na candidatura. A avaliação é que a ministra e cantora é mais conhecida fora da Bahia e teria dificuldades de conquistar os votos necessários para se eleger.
Os últimos ministros que devem a deixar os cargos são Jorge Messias (AGU), que só sairá se for aprovado pelo Senado para o cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), e Sidônio Palmeira (Secom).
O publicitário não disputará um cargo em 2026, mas será, mais uma vez, o marqueteiro da campanha de Lula. Com isso, ele pode ficar no cargo, em tese, até a proximidade das eleições. As apostas são de que fique no posto até junho ou julho do próximo ano. A convenção partidária que definirá Lula como candidato só ocorrerá em agosto.