Copom deve manter juro em 15% e dúvida é se ciclo de corte começa em janeiro ou março

Afirmações recentes do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de que a autoridade monetária deve manter uma postura conservadora, levaram a maioria do mercado a cristalizar as apostas de que o processo de cortes da Selic deve começar somente no próximo ano

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O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne na próxima quarta-feira, 10, e deve manter os juros inalterados em 15% ao ano, mesmo diante da desaceleração da economia, das pressões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus ministros pela redução da taxa.

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As afirmações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na última semana, de que a autoridade monetária deve manter uma postura conservadora, levaram a maioria do mercado a cristalizar as apostas de que o processo de cortes da Selic deve começar somente no próximo ano. A dúvida que persiste é se o BC iniciará o ciclo de quedas em janeiro, março ou a partir do segundo trimestre de 2026.

O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, afirmou em relatório aos clientes que os sinais da autoridade monetária sobre os próximos passos na condução dos juros serão o fator principal que será observado pelos analistas no comunicado que detalhará a decisão. 

“A manutenção da taxa Selic em 15,0% é amplamente esperada, e o mercado estará atento à comunicação do comitê, buscando sinais que possam indicar o momento de início do ciclo de cortes de juros”, disse.

Timing para queda de juros
Os riscos no radar do BC apontam que seria prudente o Copom deixar para depois de janeiro o início do ciclo de cortes de juros, afirmou o economista-chefe da XP, Caio Megale, em relatório aos clientes. Segundo ele, medidas fiscais e parafiscais em discussão tendem a aumentar os gastos públicos e o dinheiro em circulação. E, com isso, elevar a inflação e ampliar o déficit público.

Além disso, o mercado de trabalho segue como fonte de pressão, e as expectativas de inflação estão acima da meta, disse Megale. Com isso, ele espera a primeira redução da Selic somente em março. 

“As probabilidades em torno desta projeção estão inclinadas para um começo mais cedo, em janeiro. Prevemos seis cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual até que a taxa Selic atinja 12,00%. Em termos reais, a taxa ficaria ao redor de 7,5% — acima do que consideramos como nível neutro —, refletindo os desafios fiscais esperados para o próximo mandato presidencial”, disse. 

Para um ciclo de cortes maior, Megale afirmou que será necessário a aprovação de reformas que desacelerem o crescimento das despesas do governo. “Sem tais medidas, a trajetória de aumento da dívida pública pode reacender o debate sobre dominância fiscal, como ocorreu no final do ano passado”, disse.

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