Com Flávio, Centrão vê Bolsonaro no ‘risco total’ para manter espólio eleitoral
Líderes do Centrão, que preferiam Tarcísio Freitas, ainda veem com ceticismo decisão anunciada por Flávio Bolsonaro e fazem críticas à escolha de Bolsonaro
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A escolha de Flávio Bolsonaro como representante de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026, anunciada pelo senador, gerou reações negativas no Centrão, que, como se sabe, defendia a escolha por Tarcísio de Freitas.
Entre líderes do grupo de partidos, avalia-se que a decisão ainda não seja definitiva, mas que ela, se confirmada, significaria Bolsonaro indo para o “risco total” em uma cartada para manter junto a si e ao seu clã o espólio eleitoral da direita brasileira.
Esse risco, na visão de políticos do Centrão, vem do que se entende como baixas chances de Flávio conseguir efetivamente ameaçar a reeleição de Lula e criar um ambiente político mais favorável a Bolsonaro a partir de 2027.
Não se nega no grupo a relevância do senador como “poste” do pai e até uma chegada dele ao segundo turno, mas uma vitória, conforme essa avaliação, dependeria de um aceno ao centro que não foi feito.
“O presidente está preso e não pode perder essa eleição. Escolher Flávio é assumir muito risco, é risco total”, avaliou um nome relevante do Centrão.
Como já mostrou a coluna, outro desafio significativo a Flávio em uma campanha presidencial, no entendimento do grupo, será superar o escrutínio sob lembranças do caso da rachadinha na Alerj, das relações com o miliciano e bicheiro Adriano da Nóbrega, das transações imobiliárias em dinheiro vivo e da recente compra de uma mansão em Brasília. A Justiça encerrou as investigações sobre a rachadinha.