Os sinais de Haddad sobre o tarifaço e o futuro dos Correios
Segundo técnicos da equipe econômica, o governo está confiante de que as tarifas e as sanções a autoridades brasileira devem ser revogadas até o fim de 2025
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O ministro Fernando Haddad (Fazenda) demonstra otimismo com o fim do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com a possibilidade de revogação das sanções impostas à autoridades brasileiras após se reunir com o embaixador interino americano no Brasil, Gabriel Escobar, nesta quinta-feira, 4.
Segundo técnicos da equipe econômica, a expectativa no governo é de que as tarifas ainda vigentes possam ser revogadas ainda em 2025. Esse otimismo se baseia, dizem auxiliares do ministro, na aproximação entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conversaram por telefone na última terça, 2.
Além disso, a reabertura do diálogo com a embaixada dos Estados Unidos em Brasília foi uma sinalização “alvissareira”. “De 100% das exportações do Brasil para os Estados Unidos [que eram alvo de sobretaxação], estamos falando de 22% que são afetadas, neste momento, pelas tarifas. Acredito que essa questão das tarifas e da Magnitsky vai se resolver com as informações que estão sendo prestadas, com o impacto das tarifas por lá que impactam o consumidor americano e as empresas de lá”, disse ao PlatôBR um auxiliar do ministro.
Socorro aos Correios
Após a reunião desta quinta com Gabriel Escobar, na sede do ministério, Haddad falou sobre a crise nos Correios. Afirmou que todas as variáveis são consideradas pela equipe econômica, inclusive a de que o Tesouro tenha que fazer um aporte na companhia diante do impasse na negociação com os bancos para para a contração de um empréstimo de R$ 20 bilhões.
Para Haddad, uma eventual injeção de recursos públicos no caixa da companhia estatal será feito respeitando as regras fiscais. “Nós precisamos, antes, aprovar o plano de recuperação. Não vamos fazer um aporte sem o plano de recuperação aprovado. Nem empréstimo, nem aporte, nem aval. Tudo depende da reestruturação da companhia. Cabe ao Tesouro aprovar o plano de reestruturação”, disse o ministro.