Derrite atende às exigências do governo e altera parecer sobre ‘PL Antifacção’

Líder do governo chama resultado de “vitória do diálogo” e diz que nova versão do texto restabelece o projeto original do Planalto

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Pressionado por críticas do governo e da Polícia Federal, o relator do “PL Antifacção”, Guilherme Derrite (PP-SP), recuou de suas posições iniciais e protocolou no início da noite desta terça-feira, 11, uma nova versão do texto, sem os trechos que tiveram mais resistência. O relatório não altera mais a Lei Antiterrorismo, preserva integralmente as competências da Polícia Federal e cria uma lei autônoma de combate ao crime organizado — como estabelecido na proposta do governo.

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Derrite, porém, insistiu em dizer que não se trata de recuo, mas de “estratégia”. “Vamos manter um texto duro. Eu não abro mão desse marco legal do combate ao crime organizado. Enquanto a lei de terrorismo continua do jeito que está, o marco legal contra o crime organizado aumenta as penas de prisão”, afirmou.

Na justificativa do novo parecer, o relator disse que a aprovação de uma lei específica para o enfrentamento das facções torna desnecessária qualquer mudança na “competência do Ministério Público, da Polícia Federal ou das polícias judiciárias estaduais”. Com isso, explicou “prevalecem integralmente as regras constitucionais e legais já vigentes”, exatamente como o governo queria.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), celebrou o resultado e chamou o desfecho de “monumental vitória do diálogo”. “A matéria é uma iniciativa do governo federal. Sempre colocamos que era fundamental preservar o papel investigatório da Polícia Federal, que tem autonomia e faz um trabalho exuberante, e retirar do texto aqueles crimes que poderiam ser caracterizados como terrorismo, o que teria consequências graves para o país”, disse.

Com o impasse resolvido, o projeto deve ser votado nesta quarta-feira, 12. Com maioria de votos, o texto que será levado a plenário poderá sofrer alterações e, até, a reincorporação de trechos excluídos pelo relator. 

O que mudou
Derrite retirou do parecer toda e qualquer referência à Lei Antiterrorismo, manteve as competências da PF e das polícias estaduais como estão hoje. O novo texto fixa penas de até 40 anos de prisão para líderes de facções e prevê bloqueio de bens, intervenção em empresas ligadas a crimes e cumprimento obrigatório da pena em presídio federal de segurança máxima. O projeto tipifica ainda ataques a instituições financeiras, controle territorial e ações violentas contra agentes públicos ou estruturas do Estado.

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