Otimismo do governo em acordo com UE constrasta com incertezas sobre os EUA

Diplomacia brasileira e o entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dão como certa a assinutura do acordo do Mercosul com o o bloco europeu em 20 de dezembro, durante cúpula no Rio de Janeiro. Por outro lado, negociações com equipe do presidente Donald Trump parecem emperradas

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BELÉM — A diplomacia brasileira e o entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm se dividido entre o otimismo com a assinatura do acordo com a União Europeia e a incerteza sobre o avanço nas negociações com os Estados Unidos sobre o tarifaço.

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Antes de inciar a Cúpula do Clima de Belém, Lula teve uma reunião bilateral na última quarta-feira, 5, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Em nota à imprensa, o Palácio do Planalto informou que os dois conversaram sobre o acordo e a disposição de que seja assinado durante a Cúpula do Mercosul, que ocorrerá em 20 de dezembro, no Rio de Janeiro. 

Para além das relações do entre os blocos, a presidente da Comissão Europeia assinou a Declaração sobre a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono durante a participação na Cúpula do Clima na última sexta-feira, 7.

O governo brasileiro apostava que o avanço da proposta para definir normas comuns desse mercado dependia da adesão de União Europeia. Também ratificaram o documento, China, Reino Unido, Canadá, Chile, Alemanha, México, Armênia, Zâmbia e França. 

Incertezas sobre Estados Unidos
Enquanto o relaciomento do governo brasileiro com a União Europeia avança, as negociações com os Estados Unidos parecem emperradas, confidenciou ao PlatôBR um auxiliar direto de Lula. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve se encontrar com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em 11 e 12 de novembro, durante reunião de chanceleres do G7 no Canadá. 

A ideia inicial é que Vieira possa conversar com Rubio para agendar uma visita da comitiva de negociadores brasileiros à Washington, composta pelo chefe do Itamaraty, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. 

“Nossa expectativa e a do presidente é que essa visita [aos Estados Unidos] ocorra ainda neste mês ou ainda neste ano. Se isso não acontecer e a gente achar que existe uma operação tartaruga do outro lado, o presidente tem como recurso ligar para o Trump”, disse o auxiliar de Lula. 

Como mostrou o PlatôBR, Lula mudou o discurso sobre quando ligaria para o Trump para conversar sobre o tarifaço e as punições impostas à autoridade brasileiras. Em entrevista concedida na semana passada em Kuala Lumpur, na Malásia, Lula disse esperar um acordo com o governo americano em “poucos dias” e prometeu que, se o tarifaço não estivesse resolvido ainda, ligaria nesta semana para Trump. A declaração foi em 27 de outubro. Se cumprisse o que disse, o presidente deveria disparar o telefonema para o colega americano ocorrer até este sábado, 8. 

Acontece que, durante outra entrevista, desta vez na última terça-feira, 4, em Belém diante de correspondentes da imprensa estrangeira, Lula sinalizou deixaria para ligar para Trump apenas depois da COP30. A conferência termina em 21 de novembro. 

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