Lula propõe quadruplicar consumo de biocombustíveis no mundo até 2035

Em pronunciamento nesta sexta-feira, 7, o presidente da República também propôs aos países representados no encontro em Belém triplicar a energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030

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BELÉM — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs nesta sexta-feira, 7, em reunião sobre a transição energética durante a Cúpula do Clima, em Belém, que o mundo quadruplique o consumo de biocombustíveis (como etanol, biodiesel e combustível sustentável de aviação) até 2035. Essa medida faz parte do Compromisso de Belém, iniciativa do governo brasileiro que busca a adesão de chefes de estado participantes do encontro na capital paraense.

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O presidente também defendeu que a meta do acordo de Dubai de triplicar a energia renovável e de dobrar a eficiência energética até 2030 seja executada pelos países. Lula ainda propôs incluir metas de acesso à eletricidade nos planos climáticos nacionais e de “cocção limpa” — referência a métodos de cozimento que utilizam fontes de energia sustentáveis e eficientes, como gás natural ou eletricidade, em vez de biomassa (como lenha). 

Lula também voltou a criticar o modelo de desenvolvimento baseado no uso intensivo de combustíveis fósseis. Segundo ele, 75% das emissões de gases do efeito estufa têm origem na produção e no consumo de energia. Apesar das críticas, o governo petista autorizou a Petrobras a fazer perfurações na Margem Equatorial, perto da foz do Amazonas. 

“Já sabemos que não é preciso desligar máquinas e motores nem fechar fábricas ao redor do mundo de um dia para o outro. A ciência e a tecnologia nos permitem evoluir de forma segura para um modelo centrado nas energias limpas. Essa transformação já está em curso. O uso de renováveis triplicou nos últimos dez anos”, disse o presidente. 

Transição ordenada
Apesar dos avanços, Lula afirmou que o ano de 2024 registrou novo recorde de emissões de carbono do setor energético, o maior índice desde 1957. Segundo ele, os incentivos financeiros muitas vezes vão no sentido contrário ao da sustentabilidade.

“No ano passado, os 65 maiores bancos do mundo se comprometeram a conceder US$ 869 bilhões para o setor de petróleo e gás. Desde a adoção do Acordo de Paris, a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética global diminuiu apenas de 83% para 80%”, continuou Lula.

Apesar das críticas, o petista afirmou que um processo justo, ordenado e equitativo de afastamento dos combustíveis fósseis demanda o acesso a tecnologias e financiamento para os países do Sul Global. Para o presidente, há espaço para explorar mecanismos inovadores de troca de dívida por financiamento de iniciativas de mitigação climática e transição energética.

“Direcionar parte dos lucros com a exploração de petróleo para transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento. O Brasil estabelecerá um fundo dessa natureza para financiar o enfrentamento da mudança do clima e promover justiça climática. O mundo precisa de um mapa do caminho claro para acabar com essa dependência dos combustíveis fósseis”, disse.

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