CPI do INSS perde fôlego e se arrasta na briga entre governo e oposição

Relator cita blindagens de investigados na comissão e base governista diz que adversários perderam o interesse

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Instalada para investigar fraudes em benefícios e empréstimos consignados, a CPI do INSS perdeu ritmo e se arrasta nos embates entre governo e oposição. O relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), afirma que blindagens políticas e decisões internas da comissão travam o avanço das investigações. A base governista avalia que a oposição “arrefeceu” depois que os indícios começaram a apontar para gestões anteriores.

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Gaspar diz que a CPI reuniu “muitos indícios” e promete responsabilizar “todos que meteram a mão no dinheiro dos aposentados e pensionistas”. Mas reconhece que o andamento do trabalho foi afetado por vetos a convocações de nomes ligados ao chamado “careca do INSS”.

“O que tem atrapalhado o trabalho e o andamento da investigação são as blindagens feitas em relação a determinadas pessoas (…). Isso passou uma imagem muito ruim para a população, de que a investigação não está alcançando todo mundo”, afirmou Gaspar ao PlatôBR. Ele disse ainda que vai insistir nas reconvocações e que a CPI “não está ali para proteger criminosos nem de um lado nem de outro”.

Entre os integrantes da comissão, a avaliação é que o embate político acabou sobrepondo o trabalho técnico. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirma que a oposição perdeu interesse à medida que as investigações passaram a apontar responsabilidades anteriores a 2023.

“A oposição criou a expectativa de que esta seria uma CPI para responsabilizar o governo pelas fraudes do INSS. E a cada depoimento fica cada vez mais evidente que foram as decisões políticas tomadas entre 2019 e 2022 que permitiram que essa fraude tivesse acontecido”, disse Pimenta, em entrevista ao PlatôBR.

Nos bastidores, integrantes da base dizem que a oposição “queria holofote e prisão”, mas esbarra em uma investigação mais técnica e extensa do que o previsto. Sob reserva, oposicionistas afirmam que o relator “tem razão” ao reclamar das travas, mas responsabilizam o governo por não sustentar as convocações de investigados.

A tensão também cresceu nos últimos dias após o vice-presidente da CPI, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), relatar ter recebido ameaças e pedir proteção à Câmara. Ele foi autorizado a contar com escolta policial, medida que ilustra o clima de acirramento em torno da comissão.

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