Após unanimidade de Lira, resta a Renan entregar celeridade a Lula com votação de MP

O governo está no meio de um embate entre os dois pesos-pesados da política de Alagoas em relação as duas propostas em tramitação no Congresso

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A unanimidade na aprovação da proposta que isenta o “andar de baixo” do pagamento de Imposto de Renda colocou o relator Arthur Lira (PP-AL) alguns pontos à frente em seu duelo político com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) em Alagoas. A mais nova disputa da dupla se dá em torno da entrega de pautas prioritárias do governo Lula.

No episódio mais recente, Renan puxou a briga ao enxergar na vagarosa tramitação na Câmara da isenção de Imposto de Renda uma oportunidade de votar no Senado uma proposta com o mesmo teor do projeto do governo, de 2019, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AL). O Planalto ficou em silêncio em relação ao movimento de Renan, que ficou irritado e chegou a acusar o governo de participar de uma “chantagem” envolvendo a proposta.

Com a aprovação do projeto do Imposto de Renda na Câmara, as preocupações da equipe econômica se deslocam para a comissão especial que analisa a Medida Provisória que define regras sobre tributação de aplicações financeiras e de ativos virtuais. Renan preside o colegiado e tem menos de uma semana para aprovar o texto, que perde a validade na quarta-feira, 8 de outubro. Depois do êxito de Lira, o senador precisa mostrar serviço para não dar discurso para o adversário em Alagoas.

Renan adiou a discussão do parecer do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), antes marcada para esta quinta-feira, 2, para a próxima terça, 7, véspera do vencimento do prazo. O governo vai tentar salvar o que conseguir da proposta, mas já admite enviar um projeto de lei caso a medida perca a validade.

O saldo para Lula nesse duelo alagoano ainda é incerto, mas a fatura será cobrada. Lira tem encontrado dificuldades de construção de sua candidatura ao Senado em 2026. São duas as vagas para o Senado. Renan vai para reeleição e descarta qualquer possibilidade de ter Lira na mesma chapa. No ano passado, Lula chegou a dizer que seu palanque ideal teria os dois inimigos como candidatos ao Senado, uma composição ainda considerada impossível pelo clã Calheiros.

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