O que Lula espera de Boulos no governo

A substituição do ministro Márcio Macedo é falada há pelo menos um ano. Agora, o presidente volta ao assunto para tentar fortalecer a conexão do governo e do PT com as ruas

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Na volta da viagem aos Estados Unidos, o presidente Lula fará mudanças em seu ministério. Além de tratar da saída do ministro do Turismo, Celso Sabino, também pretende levar para a Secretaria-Geral da Presidência da República o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), substituindo Márcio Macêdo na pasta, que é uma da mais próximas do presidente, na chamada “cozinha do Planalto”.

Boulos terá a função de cuidar dos movimentos sociais, uma estratégia que tem também como objetivo ajudar o governo e o PT a se reconectarem com as ruas. Para o presidente, essa é a única forma de reaproximar o partido desses setores, e Boulos tem histórico de atuação na organização dos movimentos por moradia, em São Paulo.

O nome de Boulos para ministro da Secretaria-Geral está no radar de Lula desde o ano passado. As conversas não andaram porque o deputado tinha a intenção de se candidatar a mais um mandato na Câmara. Agora, após as fortes manifestações do último domingo contra a anistia para os condenados por tentativa de golpe e contra a “PEC da blindagem”, Lula identificou potencial de mobilização e tratou do assunto com auxiliares e dirigentes petistas.

Para Boulos, a ida para o Planalto é também um aposta na reeleição de Lula. Ele informou ao presidente preferir o cargo no Planalto à candidatura, mas quer seguir no governo a partir de 2027. Isso não exclui uma possível candidatura de Boulos à prefeitura de São Paulo pelo PSol em 2028, com o apoio de Lula, ou mesmo filiado ao PT, assunto que já foi tratado entre os dois no passado. Em 2024, Boulos chegou a ir para o segundo turno, mas perdeu a eleição para o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Saindo do Planalto, Macedo se dedicará a tentar uma vaga na Câmara dos Deputados, por Sergipe. O PSol em São Paulo contava com Boulos para puxar votos para a Câmara, mas deve focar na reeleição das deputadas Erica Hilton e Sâmia Bonfim, além de outros nomes.

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