Acionamento da lei da reciprocidade é vista com preocupação por líderes industriais
Para empresários do setor, decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode atrapalhar as negociações que ocorrerão na próxima semana, quando uma comitiva visitará os Estados Unidos
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A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de acionar a lei da reciprocidade contra os Estados Unidos é vista com preocupação por empresários da indústria. Três executivos ouvidos pelo PlatôBR afirmaram reservadamente que a medida pode tensionar ainda mais a relação com o presidente Donald Trump.
Além disso, os industriais alertaram que o início do processo que pode culminar em mais retaliações tende a atrapalhar as conversas que ocorrerão na próxima semana, nos dias 3 e 4 de agosto, quando uma comitiva de empresários do setor visitará os Estados Unidos para buscar um canal de diálogo.
A programação da missão empresarial, organizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), inclui encontros com escritórios de advocacia e lobby, reuniões na Embaixada do Brasil em Washington, diálogos com lideranças da US Chamber of Commerce e com autoridades do governo americano.
“A comitiva já chegará tendo que se explicar sobre a decisão do governo brasileiro. Há um constrangimento com essa decisão. O Brasil também tem poder de fogo reduzido em relação aos Estados Unidos”, diz um executivo.