Doleiro Youssef pede que Toffoli declare Moro suspeito e anule suas condenações

Alberto Youssef, um dos principais delatores da Lava Jato, diz ter sido ‘instrumentalizado’ por Moro para atingir o PT e Lula

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Uma das peças-chave da Operação Lava Jato, cuja delação premiada ajudou a deslanchar as investigações em 2014, o doleiro Alberto Youssef agora quer que o STF declare o ex-juiz Sergio Moro suspeito em relação a ele e anule todos os processos que o investigaram e condenaram no petrolão.

O pedido de Youssef foi apresentado nessa terça-feira, 24, a Dias Toffoli, autor de uma série de decisões que anulam provas, sentenças e processos da Lava Jato. A solicitação não atinge o acordo de delação fechado pelo doleiro.

Os advogados dele baseiam suas alegações em três eixos: um despacho em que o próprio Moro se declarou suspeito para atuar em uma investigação contra Youssef no Caso Banestado, em 2010, por “motivo de foro íntimo”, depois revertido pelo então juiz; a instalação de um grampo na cela do doleiro na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, com suposta “negligência” de Moro; e a “instrumentalização” de Youssef e de sua delação para perseguir o PT e líderes do partido, sobretudo Lula.

Nesse último ponto, a defesa de Alberto Youssef citou suas revelações como parte do “alicerce” para as prisões de petistas decretadas por Moro, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto, o ex-deputado André Vargas e os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci e Guido Mantega. Disse o pedido a Toffoli:

“Por todo o aqui exposto, ficou delimitada, com precisão, a conduta irregular do ex-Juiz Federal Sérgio Moro e seus congêneres da extinta FT-LJ, que se articularam em uma atuação coordenada, organizada e bem direcionada — inclusive mediante expedientes clandestinos — no sentido de pressionar, subjugar e, assim, instrumentalizar Alberto Youssef para que enveredasse por uma colaboração premiada questionável e com um objetivo muito claro e previamente definido pelo juiz Moro e seus comandados: atingir o Partido dos Trabalhadores e o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva”.

A petição destinada a Toffoli também lembrou que Moro, hoje senador pelo União Brasil no Paraná, decretou “reiteradamente” prisões do doleiro e rescindiu o acordo de delação dele assinado no caso Banestado sem ouvir seus advogados.

A defesa quer que Dias Toffoli reconheça a suspeição de Sergio Moro em relação a Alberto Youssef e anule os processos contra ele do começo ao fim.

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