O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, em publicação nas redes sociais, que o protesto de Glauber Braga (PSOL-RJ) no plenário desrespeita a instituição e se equipara a atitudes extremistas. A manifestação ocorreu após a inclusão do processo de cassação do mandato de Braga na pauta da Casa, o que levou o deputado do PSOL a ocupar a cadeira da Presidência na noite desta terça-feira (9).

Em sua postagem, Motta escreveu que o ato não configura desrespeito pessoal, mas institucional. “Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo”, afirmou. Segundo Motta, a conduta é reincidente: “Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana.”

O presidente da Câmara também criticou o que chamou de contradição nas ações de setores que se apresentam como defensores da democracia. “O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele”, disse.

Motta declarou que a democracia precisa ser protegida de gestos autoritários. “Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político. Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida”, escreveu.

Ao final da publicação, o deputado informou ter determinado a apuração de “possíveis excessos” relacionados à cobertura da imprensa durante os acontecimentos no plenário.

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