O ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL-SP), marcou presença na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (5/11) para um ato em memória dos 10 anos do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. Em entrevista coletiva, o membro do governo Lula (PT) se posicionou contra a privatização da Copasa.
A venda da companhia para a iniciativa privada é uma iniciativa do governo Romeu Zema (Novo), que pretende usar os recursos provenientes da alienação para aderir ao Programa de Pleno Pagamento de dívidas dos estados (Propag), para amortizar o débito de Minas com a União, de R$ 172 bilhões.
“O governador Zema construiu uma narrativa que não é verdadeira de que a privatização da Copasa é uma condição para o Propag. Isso não é verdade. (...) Zema tem que assumir as responsabilidades das decisões dele e não terceirizar para o colo do presidente Lula”, disse Boulos.
O ministro afirmou que Lula é contra a privatização da companhia, assim como de outras estatais de “serviços essenciais” à população.
“Nós não defendemos privatização de saneamento, nem em Minas, nem em nenhuma outra parte. Não é isso que soluciona. E não é essa a causa da situação fiscal e da dívida de Minas. Aliás, a Copasa tem lucros, não é uma companhia deficitária”, completou.
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Privatização da Copasa
Deve ser votado nesta quarta, em segundo turno, o projeto de lei que retira a necessidade de referendo popular para privatização da Copasa. Apesar de tentativas de obstrução da oposição, a tendência é que a proposta seja aprovada.
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Já o PL que trata propriamente da venda da companhia de saneamento está travado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aguarda a retirada do referendo para avançar.
