MINERAÇÃO

Zema defende mineração com responsabilidade ambiental e social

Governador disse que, apesar do trabalho de diversificação da economia, exploração mineral exerce papel central no desenvolvimento do Estado

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O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, nesta segunda-feira (22/9), que a mineração segue sendo uma das principais atividades econômicas de Minas Gerais, mas destacou a necessidade de responsabilidade ambiental e social por parte do setor.

 

“Apesar de, no meu governo, estarmos tornando a economia cada vez mais diversificada, devido a todo esse histórico e a essa riqueza mineral, a mineração ainda tem um peso muito grande”, declarou.

 

Zema ressaltou a importância de discutir o futuro do setor e chamou atenção para o planejamento do pós-mineração. “Um dia, as minas vão se exaurir. Sempre tenho alertado que o pós-mineração precisa ser debatido. A ideia que muitos tem é a de que ficará uma terra arrasada, porém temos exemplos notórios em Minas que mostram o contrário, como o Parque das Mangabeiras (em BH) e Inhotim (Grande BH), que são áreas pós-mineradas e hoje verdadeiros atrativos ecológicos”, disse.

Para o governador, é possível conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. “O que queremos são empresas responsáveis e preservação ambiental. É possível conciliar os dois, e nosso governo tem caminhado nesse sentido”, completou.

Operação Rejeito

As declarações do governador ocorrem dias após a Operação Rejeito, deflagrada na última quarta-feira (17/9) pela Polícia Federal, que apura a existência de uma organização criminosa responsável por fraudes em licenciamentos para mineração em Minas Gerais e que atingiu o alto escalão do meio ambiente do governo Zema.

Um dos principais investigados, apontado pela Polícia Federal como o lobista político do suposto esquema, é Gilberto Henrique Horta de Carvalho, preso preventivamente pela operação.

Carvalho é citado no despacho judicial como “um grande articulador da ORCRIM (organização criminosa) junto aos órgãos ambientais e administração pública de forma a alcançar os objetivos criminosos, tendo atuado principalmente junto à SEMAD/MG (Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Minas Gerais) e Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais”.

Também foi preso pela operação o advogado e ex-deputado estadual João Alberto Lages, acusado de ser, junto com Carvalho, outro articulador político e institucional da organização, intermediando contatos com o poder público e participando da elaboração de contratos fraudulentos.

Em um dos trechos do despacho, Lages é apontado como “articulador interinstitucional de Carvalho, tendo em vista sua comprovada influência e efetiva articulação com Marília Carvalho”, secretária de Meio Ambiente do governo Zema. A titular da pasta foi quem assinou os despachos afastando servidores e abrindo investigações.

De acordo com a operação, as investigações apontam a existência de corrupção sistêmica nos órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento de atividades que impactam o meio ambiente. “As investigações apontam para a ação conjunta e contínua dos investigados voltada à constituição de inúmeras empresas de fachada e estratagemas diversos envolvendo os novos projetos minerários, como a corrupção de agentes públicos, articulação política para alteração de atos normativos e deliberações de órgãos públicos, agendamento de encontros, redação e elaboração dos próprios atos administrativos fraudulentos no interesse das empresas do grupo e o ajuste de pagamento de propinas”.

O despacho judicial, datado de 11 de setembro, determina que seja dada ciência da operação ao governo de Minas, à Semad e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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Zema e Marília estiverem presentes na manhã desta segunda em um evento do setor mineral, realizado em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reuniu lideranças e especialistas da área; no entanto, não comentaram a operação.

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