A tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos virou piada nas redes sociais. Desde a última quarta-feira (9/7), quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, caso as negociações não avancem até lá.

Segundo Trump, o governo Lula estaria tratando de forma injusta o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem ele declarou ter “respeito profundo”. A declaração foi feita em uma carta publicada na rede Truth Social e endereçada diretamente ao presidente brasileiro.

Desde então, diversos memes viralizaram, mas agora com um novo foco: Trump anunciou que abriu uma investigação comercial contra o Brasil citando o Pix e a Rua 25 de Março. “Simplesmente não estou me aguentando com o Trump tendo inveja da 25 de março e do pix kkkkkk ai vsf velho babão do carai”, escreveu uma internauta.

“Em protesto ao Trump, tô indo agora na 25 de Março comprar 40 dvds piratas e pagar tudo no pix. aqui é brasil, p***a”, comentou um perfil. Outros posts usam a bandeira dos Estados Unidos como rosto da vilã Carminha, de “Avenida Brasil”, enquanto o Brasil é a mocinha Nina, que faz a personagem de Adriana Esteves sofrer durante a novela. 

Outro objetivo é implantar o Pix Garantido, para parcelamento de compras como ocorre com os cartões de crédito. Freepik
Uma das próximas metas é o Pix Internacional, de forma abrangente. Por enquanto, alguns países já aceitam, mas em alguns estabelecimentos. Portugal, por exemplo. Mas há alguma resistência, com críticas de portugueses a uma "brasileirização" dos pagamentos. Reprodução de vídeo
Em junho de 2025, o Banco Central lançou o Pix Automático, para pagamento de contas recorrentes como luz, água e gás. Também vale para quem paga mensalidades de escola, academia, serviços de streaming, por exemplo. Divulgação
Em fevereiro de 2025, algumas instituições passaram a disponibilizar o Pix por aproximação, assim como ocorre com certos cartões de crédito. O cliente aproxima o celular da máquina do lojista. Reprodução/Youtube/BancoCentral
E o Brasil segue aperfeiçoando o Pix, lançando mão de novidades. Em outubro de 2024, foi criado o Pix Agendado Recorrente, em que a pessoa pode agendar pagamentos de mesmo valor para cair na conta de alguém sempre no mesmo dia de cada mês. É como o conhecido débito em conta. Só que é transferência. Reprodução/Youtube/BancoCentral
Segundo reportagem do G1 em 16 de julho de 2025, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, declarou em novembro de 2024 que o país estava perto de ter a população adulta inteira usando a ferramenta. Na ocasião, o Pix completou 4 anos. Marcello Casal Jr/Agência Brasil
E curiosamente, o Pix ficou tão popular que até camelôs, barraqueiros, vendedores de balas em ônibus , anunciam que aceitam pagamento por Pix. Mateus S. Figueiredo wikimedia commons
O Pix conquistou a confiança das pessoas e se destaca pela praticidade e pela agilidade. Pequenos comerciantes também adotaram o sistema. Não apenas os grandes. Reprodução de vídeo
Em número de movimentações, também houve um grande aumento, com um total de 63,5 bilhões de transações em 2024, contra 41,68 bilhões em 2023. Reprodução/Youtube/BancoCentral
Esse montante representou um aumento de 54,6% no valor total das transferências por Pix feitas em 2023. Q expressão "faz um pix" se consolidou. Reprodução/Youtube/BancoCentral
Em 2024, o sistema bateu recorde de volume transferido, somando um total de 26,46 trilhões de reais. Divulgação
O Pix foi lançado em novembro de 2020, no auge da pandemia da Covid-19. E fez sucesso de forma rápida. Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve, que equivale ao Banco Central , tem um sistema de FedNow que permite a transferência de recursos entre instituições financeiras, mas pode cobrar dos participantes pela transação. AgnosticPreachersKid wikimedia commons
Há quem veja no Pix , que é gratuito, uma ameaça às bandeiras de cartão de crédito e aos bancos que cobram por pagamentos. Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Um trecho diz que o Brasil "se envolve em uma variedade de atos, políticas e práticas que podem prejudicar a competitividade das empresas americanas que atuam no comércio digital e em serviços de pagamento eletrÎnico". Reprodução/Youtube/BancoCentral
Embora não cite nominalmente o Pix, o documento faz claramente uma referência ao sistema instantâneo de pagamentos e transferências. Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O governo americano, do presidente Donald Trump, determinou uma investigação sobre o Pix brasileiro, sob alegação de que o sistema instantâneo de pagamentos e transferências pode configurar uma "prática desleal". Matt H. Wade. T/Wikimedia Commons

Além das montagens, brasileiros organizaram um "vampetaço" nos perfis de Trump e de seus apoiadores e enviada por email para a Casa Branca. A ação consistiu em uma enxurrada de comentários com a famosa foto do ex-jogador Vampeta nu, publicada na G Magazine em 1999. A imagem foi adaptada em memes citando o ministro do STF Alexandre de Moraes e o BRICS. Veja algumas publicações: 

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