Ciro Gomes -  (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ciro Gomes

crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A bancada feminina no Senado apresentou hoje um voto de repúdio ao ex-senador Ciro Gomes (PDT-CE), candidato derrotado à Presidência da República nas eleições de 2022, pelos ataques do político à senadora Janaina Farias (PT-CE).

 

 

Em entrevista semana passada a um jornal, o ex-senador, que também já foi governador do Ceará, de “assessora para assuntos de cama do ministro”. A senadora é segunda suplente do ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE). Ela tomou posse no dia ¾, no lugar da primeira suplente, Augusta Brito (PT-CE), que se licenciou por 121 dias.

 

 

“Quem está assumindo o Senado Federal hoje? Sabe qual é o serviço prestado para ir ao lugar de Virgílio Távora, de Tasso Jereissati, de Mauro Benevides, de Patrícia Saboya, que tinha uma longa história de políticas sociais, pioneira da política de creche? Aí vai agora a assessora para assuntos de cama do Camilo Santana para o Senado da República? Onde é que nós estamos?”, afirmou Gomes.

 

 

Formada por 14 senadoras, a bancada feminina criticou o ex-senador que segundo elas usou de linguagem “machista, preconceituosa e violenta” contra a senadora suplente.

 

 

"Tal atitude viola os princípios de respeito e dignidade que deveriam manter as relações humanas e profissionais, assim como constitui uma clara manifestação de violência política de gênero. Esses ataques são repugnantes e absolutamente inaceitáveis, refletindo uma postura pessoal de desvalorização das mulheres e uma resistência preocupante à participação feminina em espaços de poder e decisão", diz um trecho do documento que será entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também repudiou as declarações de Ciro, chamado por ela de “personagem cada vez menor da vida brasileira”. “Ataque covarde, que merece nossa repulsa. Solidariedade à Janaína e a todas as mulheres que enfrentam o machismo e a misoginia na política e na vida”, afirmou a dirigente em suas redes sociais.

 

 

No começo deste ano, Ciro virou réu pelos supostos crimes de calúnia, difamação e injúria contra a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). A 3ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza aceitou a queixa-crime movida pela ex-ministra da Mulher do governo de Jair Bolsonaro (PL), que foi chamada de "bandida nazifascista da quadrilha do Bolsonaro" por Ciro.