Moro cometeu o maior erro político que poderia. Abandonou a magistratura para ser ministro da Justiça de Bolsonaro -  (crédito: Evaristo Sa/AFP – 17/10/23)

Sergio Moro é alvo de processos na Justiça Eleitoral e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

crédito: Evaristo Sa/AFP – 17/10/23

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, teria sido procurado pelo senador Sergio Moro (União-PR) na última terça-feira (2/4), segundo relatou a jornalista Andréia Sadi, da Globonews. O encontro ocorre em meio a processos que o parlamentar enfrenta no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 

 

O ministro teria ocupado a maior parte da reunião tecendo críticas ao senador, inclusive dizendo que Moro deveria aproveitar o tempo no Senado para estudar, uma vez que a “biblioteca da casa é excelente”.

Moro enfrenta um processo de cassação por abuso de poder econômico, em ação movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL). O senador é acusado de ter feito pré-campanha para presidente e, quando a candidatura não emplacou, mudou o foco para o Senado. O movimento teria gerado gastos de campanha desproporcionais aos demais candidatos.

 

A expectativa é que Moro seja absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), mas o caso deve ser analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O julgamento está empatado em 1 a 1, sendo que o relator votou pela absolvição do senador.

 

Moro também é alvo de processos no CNJ por sua atuação enquanto juiz da Lava-Jato, envolvendo o suposto conluio com o Ministério Público Federal, por meio do ex-procurador Deltan Dallagnol. Mendes é um dos principais críticos da Lava-Jato e do que ele apelidou de “República de Curitiba”.

 

No encontro com Moro, o decano do STF ainda disse que um dos poucos méritos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria tirar Moro da 13ª Vara Federal de Curitiba. O senador foi ministro da Justiça no governo anterior.

 

Gilmar também teria dito que Moro e Dallagnol “roubavam galinha juntos” e que não precisava do vazamento das mensagens da “Vaza Jato” para saber do conluio entre os dois.